sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Era e ainda é;
Só não está mais pra mim,
nem aqui.

Ela é o anjo que se banha da noite;
é o astro que ilumina.

É a luz de todas as galáxias e
dentro de si,  o vazio, a imensidão
e a incerteza do magnífico fim do Universo.

Com ela é um constante começo
rodeado pelo fim em sua
mais pura essência;
É sempre um risco de dar certo.

Ela sempre completa tudo em mim,
coloca tudo fora do lugar...
É a bagunça de que a minha
organização e certeza precisavam.

Ela é o mais um pouco do
meu tudo.
Com ela é sempre melhor.

Minha escultura em mármore negro;
É os olhos de pérolas negras;
Meu lírio cintilante;
O incenso em mim
constantemente aceso.

E agora tudo em mim é incompleto,
tudo um enorme vazio;
Falta de mim uma parte,
ela já não mora comigo;
No meu suor não há satisfação,
sua essência leva consigo minha paz.

                                                           Théo.