domingo, 21 de dezembro de 2014

Foi você que me fez acreditar nisso

Palavras sombrias acabaram de me invadir.
E com estas palavras, meus sonhos eu comecei a destruir.
Foram tristes acontecimentos, que vieram em efeito dominó.
Calei minha voz, uma voz pequena,
Quase inaudível, um som medíocre
Se comparado a qualquer outro.
Eu acabei uma vez mais, me
Decepcionando comigo mesmo.

O Sol hoje se pôs sobre a minha ira,
Deixando escapar de mim uma
Sombra de mentiras e mediocridades,
Uma sombra de alguém que se
Esconde dentro de mim, de alguém
Que luta pra sair.

Estou me sentindo só no
Meio de uma imensa multidão,
Sinto-me acidental...

Me sinto o único erro na vida de um miserável santo,
Que no seu mais profundo interior,
Alimenta uma grande tropa de monstros pecadores e corruptos.

Me sinto a maior falha de um sistema infalível,
O 1º pecador, mas também o 1º homem livre e sonhador.

Me sinto como o galardão
De um mísero matador de aluguel
Que recebe para trazer dor e sofrimento
Sem deixar rastros, enfim...

Me sinto sujo e invisível,
Mas grandioso e sincero,
Sim, orgulhoso e insubstituível...
Mas não sou?
Foi você quem me fez acreditar nisso.
Sou um monstro criado por você,
Que vive no meio da sujeira da sociedade,
Um micróbio no meio de enormes titãs,
Uma máquina sem sentimentos,
Sonhada por você.

                                          Théo.                     

Foi inútil dizer que te amo

É tão inútil dizer que te amo,
Mas é preciso colocar isso pra fora.
Eu preciso dizer o que sinto,
Porque não sei conviver com a dor
De te iludir com esta história de sermos apenas amigos.

Mas agora já não há onde me esconder,
Não há pequenas histórias dentro de
Olhares nunca revelados.

Há dentro de mim agora um enorme sentimento
De ira por me esconder de todo o mundo
Dentro de tudo o que você sempre viu,
E por isso descobriria muito facilmente.

Não sei como deveria me sentir senão assim...
Droga! Eu te amo mesmo,
Sem fronteiras,
Não posso mais enganar a mim mesmo.
Eu te amo, sem mentiras nem enganos.

Não vou pedir para me escolher,
Já se decidiu e acho que devo respeitá-la por isso.
Não vou pedir que retorne para mim,
Nem que abra mão da sua escolha “confortável”
E segura para voltar para o calor e insegurança
Dos meus braços.

Só peço que, por favor, seja feliz ao lado dela,
Não se esqueça de não dar motivos, para que aconteça o mesmo
Com ela, e depois queira culpá-la também...

Acho que já crucificou gente demais até aqui...
Sem contar que disse não querer magoá-la,
Disse até gostar dela, mas preocupe-se de que todos temos sentimentos,

E podemos querer nos vingar.

                                     Théo.             

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Vermelhidão

 Ela não sabia se decidir...
e não era uma coitada por isso,
na verdade era a mulher mais corajosa com a qual eu
havia me encontrado.

 Aprendi a conhecer-lhe pelos lábios:
quando laranja: não sabia bem o que decidiria nessa noite;
quando vermelho-vivo, quando sangue: era apenas carne e não havia sequer uma parte sã;
quando cereja: amor, doçura, carinho;

 E sabia bem onde encontrá-los,
tinha o endereço de cada um deles.
 Caminho certo, telefone fixo ou móvel,
todas as outras estariam ali, no mesmo lugar esperando por ela.

 Encantadora e sutil,
a maior vantagem era que ela
teve por sorte, por coragem ou até por garra,
todas as outras em uma só.

 Sob a luz da Lua,
lembrando ou não do misticismo,
sempre se encontravam.

 Era muitas em uma só,
como aqueles objetos modernos,
mas era em meio àquilo tudo,
apenas amor.

 Sobre o vermelho:
uma coleção de batons.
 Sobre a personalidade;
fantasiosa sobre tudo.

 Era a dama DO vermelho,

 Não disse DE vermelho,
porque era ela quem decidia,
quem dominava sobre si e sobre a cor,
e não importava o que iam pensar sobre ela.

 Sempre soube que debaixo
dos lençóis nunca importou
que seguisse um padrão.

 Vermelho foi a cor que escolheu,
porque tinha suas horas de serenidade,
mas sempre soube o tanto e quando era intensa.

 Sobre a intensidade:
era sua essência.
 Sobre parar pra pensar:
nunca teve esse hábito.

 Foi a mulher mais livre que pude conhecer,
foi a mais autêntica,
nunca se permitiu depender de nada e nem ninguém,
sempre se disse valiosa e nem todos acreditavam.

 E eu a observava..

 E sempre soube,
sobre os ombros um xale,
que não a cobria completamente,
era translúcido e deixava um ar de mistério no ar.

 Me olhava por sobre o ombro esquerdo,
e pensava que eu não percebia.

E me percebia olhando-a,
e um dia, como que falasse à alguém dentro de si,
disse:
 _ Ele não para de te olhar,
pena que não sabe...: que hoje seus lábios estão nus!

 Eu nunca entendi qual era o significado de
seus lábios, por acaso, ou por sorte, ou azar, estarem nus...

 Mais tarde,
no noticiário, me veio a notícia de sua morte...

 Aquele era um sinal para salvá-la,
para deixá-la sentir-se livre,
para ir falar com ela,
deixar com que me seduzisse,
para sentir-se viva novamente,
pois a outra havia partido,
por acaso, ou por dor, ou por sorte, ou azar...

 Não pude conhecê-la melhor,
não pude perguntá-la,
maldita timidez!

 Sobre ela, sei muito,
e ainda assim me é quase nada
perto do que poderia ter descoberto, ou provado ou aprendido...

 Sei que sobre ela,
nunca mais haverá novas outras...

 E nunca mais me confundirei dentro dos vermelhos,
pois ela me ensinou de longe,
à distingui-los,
por desejo, ou por observação, ou por dor, ou por simpatia...
todos os tons de vermelho por ela,
mesmo que indiretamente e sem intenções,
me foram apresentados.
todos os tons e seus sentidos,
essa cor que fala sua própria língua,
que por si mesma fala todas as outras,
me foi ensinada por aquela mulher que sendo de tantos mistérios,
nunca soube se esconder do mundo,
que sempre se mostrou e nunca foi compreendida...
que nunca quis fazer a escolha para que ficasse apenas com uma...

  À mulher dos lábios vermelhos,
de carne, de talvez, de desejo, de dor, de hoje não!,
de sim e de não, de amor, de ódio febril...

  Àquela mulher...

                                                        Théo.                                          

sábado, 13 de dezembro de 2014

eu vejo

Eu vejo...
Não! Eu não vejo,
Não conheci nada além dessa selva de pedra
De todos os dias.

Já é rotineiro não saber o que
Há além dessas paredes de concreto.
E ninguém mais quer entender.
Não pretendo convencê-los...
Prometo não me esforçar para isso.

É! Só não me culpe quando virem por eles mesmos...
A verdade sempre aparece,
Por mais bem escondida que esteja.

Já não caio mais nessa,
Até meus pais estão tentando me alienar pra simplesmente aceitar a realidade que me impõem,
Não aceito não conhecer o amor de verdade, e pessoas de verdade...
Eu exijo uma vida real, sem superficialidades,

Eu exijo ser eu mesma e ser aceita por isso!

Enquanto nos restar tempo

Bom, é claro pra você que eu não pude te esquecer...
Na verdade, eu não quis!
Eu tenho uma vontade imensa de te agarrar só de ouvir sua voz.
Há tempos que eu tento me afastar, mas tenho olhos doidos...
Eles são doidos por ti! Não sei como não posso passar por ti
E não conseguir deixar de olhar o vento atrapalhar os seus cabelos,
E você detestando o modo com que ele o faz...

É bem mais do que o tempo que passei com você,
É muito além...
É como me sinto hoje em relação á você,
E principalmente á tudo o que passamos juntos!

Espero que aceite esse meu louco jeito de te querer,
Não posso dizer que vou te amar menos que hoje, algum dia...
Porque não consigo mentir olhando em teus olhos.

Só quero que você não espere tanto de mim;
Porque eu não o faria,
Não consigo ficar longe,
Muito menos quando se trata de nós duas...
Só de ouvir sua voz, eu não sei me conter.
É só que minha mente não se acostumou á não poder te ter,

Nós deveríamos ter tido calma para pensar,
Porque não queríamos nos ter de longe,
Como se tem o Arpoador...
Não queríamos sonhar e não poder nos tocar...
Sabemos que ambos erramos, mas já não podemos voltar atrás.

Só queria poder escrever uma nova história,
Sem mudar quase nada...
Só queria não ter ido embora naquela noite...

E esse é um pedido de perdão,
Aquele que você esperava, mesmo sabendo que poderia não chegar nunca...
Sei que, como eu, você não perdeu a esperança de um amor sincero...
Sinto não ter atingido as expectativas, mas fiz o possível...
Talvez tenha sido esse o meu erro,
Pessoas como nós precisam do impossível,
E nós o merecíamos...

É triste ter que nos contentar que não vai voltar,
Mas ainda podemos sonhar com o que virá

Então, morena, vamos sonhar enquanto ainda nos resta tempo.

E de mim, eu mesmo

E você ainda acha que vai ser assim,
Olho para todos os lados,
Vejo todos á minha volta,
Corro, e ninguém sabe que estou lá.
Quem me percebe,
Não vê meus olhos,
E finge ser meu espelho,
Mesmo sem querer.

Me carrega na lembrança,
Fotografia do que se não vê,
Luz que ilumina pensamentos claros.
Raios que confundem, e se fundem com sentimentos.
Eu quero partir, ir embora,
Eu preciso descansar,
E bolar novos destinos e planos,
E não encontrar-te novamente,
E rir-me de mim,
E fazer da morte, luz,
E da dor, sonho e
De mim eu mesmo,
Deixar de ser quem eu me projetei pra ser.
Começar á amar e não mais ser sombra.

Sorrir, e quanto mais de mim for, ser você.


                  Théo.                        

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Brincadeira de poeta

Meu coração disparou,
Quase que do peito saltou.
Foi só de tanto esperar,
E eu passei o tempo á pensar
O que podia falar,
Se era sensato ou não,
Me entregar de cara á paixão.
Seu dedilhar no POP ouvi.
Vi seu lindo riso no céu.
Senti seu swing na roda da bossa,
Na beira da praia,
Ao som do Caetano e da Gadú,
Encheu o meu céu de areia,
Pôs estrelas e a Lua no mar,
O meu mundo de ponta-cabeça,
De medo adoçou meu pavor.
Não perdi tempo procurando rimas para tudo ter sentido.
Porque depois que entrou na minha mente,
Nada mais tinha sentido se não envolvesse você.
Não que houvesse antes,
Só haviam alguns poucos motivos pra tudo.
E enquanto de madrugada eu escrevia,
Tive a certeza que te encontraria.
Foi na época em que

De ser poeta eu podia brincar.



                          Théo.                        

À noite, sem você

Eu ainda não sei como me comportar sem você aqui...
Não sei como conduzir meu corpo ao prazer,
Porque não está aqui para pegar minha mão...
É que só você sabe o caminho...
É que meus traços não são como os teus,
O seu toque é único, sem peso...
Me faz sentir bem,
Me faz sentir sem...

E se for pra gozar com mãos,
Que seja com as suas,
Que dedilham meu corpo,
Me conduzem como se fosse o lápis que usa
Para traçar desenhos e canções,
Para desenhar todo o seu mundo comigo dentro,
Para escrever canções sobre nós,
Como se houvessem mais belas que te ouvir gemer...

Eu me divirto com ele, mas você não sabe,
Nem presta mais atenção em mim...
Estou me perdendo aos poucos,
E você já nem vê,
E me dói saber,
Eu tenho uma vida inteira sem você!
Você está ficando pra trás de mim,
Está deixando de ser minha,

Me largou sentada á beira do caminho...

                                        Théo.                             

domingo, 7 de dezembro de 2014

Viagem a Dois

 Me olhou da forma mais instigante que eu poderia imaginar.
 Foi aquele jeito meio que assim de canto de olho.

  Os olhos negros,
  o batom cor de cereja me permitia 
  imaginações que antes eu não ousaria.

 Criei um clipe na minha cabeça,
para nunca me deixar esquecer 
aquele momento que nos fora único.

 Cada estalo dos beijos que nos dávamos,
e todos os suspiros de desejo,
por todo o anseio que achávamos em nós,
o calor de nossos abraços,
a pressa com que chegamos em casa,
a delicadeza com a qual nos arrancamos as roupas...

 Éramos quase duas,
sendo nós apenas dois...

 Me fiz igual,
deixei que fizesse com meu corpo tudo 
o que tivesse vontade...

 Depois de tanto nos gastar,
logo que trocamos alma e 
no meio de tudo,
bem no intervalo, 
nenhuma palavra,
nos despedimos apenas por olhares...

 Fomos respeitados,
nossos desejos, limites,
vontades e despedida...

 Fui-me embora dali,
que não era uma casa como havia antes dito,
era mesmo uma parada no intervalo da estrada.

 Voltei, depois daquele dia,
todas as sextas e quintas feiras,
para encontrá-la, como havíamos nos decidido.

 Mas não me disse seu nome,
bem como nenhuma outra palavra,
não sabia seu telefone ou endereço.

 Quando perguntei ao garçom sobre
a tal mulher, ele me respondeu que aquela noite 
não acabara ainda, que eu nunca saíra daquele pub,
que ela nem falara comigo...
mas que me percebeu olhando-a por toda a noite,
sem me mover do meu lugar.

 _ É o encanto do olhar...
eu respondi, não havíamos mesmo trocado palavras,
ela nem descera do palco ainda,
mas seu olhar me permitiu,
sua voz me levou tão longe,
que eu nem percebi a noite passar.

 E quando ia embora,
pediu gentilmente ao garçom,
o mesmo com o qual eu troquei palavras,
para que me entregasse um guardanapo 
com uma pequena mensagem de agradecimento
pela viagem que fizemos juntos,
sem mesmo nos tocar...

 Ao passar por mim, 
deixou seu cheiro de perfume barato,
mas com o toque sutil e adocicado 
de sua essência natural.

 Me vi obrigado a ir atrás dela,
mas meu corpo não me respondia,
dei adeus contra a minha própria vontade...


                                            Théo.                    

sábado, 6 de dezembro de 2014

RenaScER!

 Deixou virar relíquia;
se encher de poeira,
deixou se esquecer no meio de todas as outras lembranças...

 Deixou sentir falta;
e esperou que sentisse pelo que havia feito.

 Se cortou por dentro;
não deixou transparecer;
sangrou e contou pro espelho apenas...

 Foi forte, se escondeu,
se mostrou e surpreendeu.

 Deixou saber de sua recuperação;
mostrou-se linda de novo;
pronta pra amar, pronta pra ser amada,
sempre a si e por si mesma.

 Ela viu dentro do escuro sua importância,
saiu de encontro,
e abraçou sua liberdade!

 Descobriu que o seu dia
só precisava de uma coisa pra brilhar...

 Ela se descobriu,
se permitiu,
ela brilhou à sua maneira.

Porque o Sol de que ela precisava
pra ser feliz, era a estrela
que brilhava dentro dela,
que refletia em seus olhos negros...


                          Théo.                

Voltei!

 Para quem segue o blog e ficou se perguntando o motivo de eu não estar postando esses últimos dias, eu vim responder!
 Não sei se posso descrever exatamente como estive me sentindo. Na verdade acho que o grande problema é que eu não estava sentindo, e isso me doía, me fazia uma grande falta. Era como se eu estivesse não sendo eu...
 Bom, o que interessa agora é que estou de volta à ativa!
 Podem esperar talvez a melhor fase do meu trabalho até agora...

          ESTOU DE VOLTA!!!






 
  E COM PIRULUTO PRA AJUDAR A ALEGRAR!!!