domingo, 5 de julho de 2015

Ela não tinha fim

 Ela era assim,
espontânea, e me chegou
com um novo mundo
de tantos tons sobre o carmim...

 Parecia brincar
com o brilho dos meus olhos

 E ela ficava ainda mais linda
quando estava ao telefone comigo
a bateria ameaçava acabar
e ela com toda presteza do mundo,
se colocava de pé escorada na parede
com o telefone conectado á tomada,
sem ter que perder a minha voz,
nem eu a dela.
 Do outro lado da linha,
eu a visualizava,
com aquele sorriso encantador,
satisfeita por ainda me ouvir desse lado...

E ficava mais perfeita a cada segundo,
a cada risada,
e a cada palavra pronunciada.

Não sei como acabar...

 Porque ela nunca terminou,
nós nunca terminamos,
não pronunciadamente.

 E às vezes eu até prefiro assim,
nas outras, me dói o músculo cardíaco
basta apenas um chamado dela,
e me desnorteio toda outra vez...

 Mas ela não tem minhas intenções,
e então, nessas possibilidades,
a amizade me basta...

 Infinita dentro de mim,
renasce todos os dias nas minhas lembranças.

 Minha Super Mulher
feita de tantos infinitos particulares.

                     Ingrid Nogueira.