Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Desconexas, puros NÓS...
Vê se me faz o favor e
esquece tudo sobre mim,
apaga todas as lembranças...
Finja que eu nunca existi em você,
me delete da memória...
Porque comecei a acreditar que
nada disso existiu,
que não vivi em você,
então acho que
não vai ser difícil.
Apague o aniversário,
qualquer momento que
um dia consideramos especial...
Sobre conquistas,
felicidades, fotos nas paredes
da sua memória,
cubra de preto,
como o resto do luto.
sobre os números,
esqueça o dia, o ano,
o mês, o signo, a força,
a idade e a ida...
A minha pedra-glória,
meu riso, minha gargalhada,
meus dentes e o sorriso,
meus gostos e meus humores...
do nós, apague somente o eu...
Sobre a parte fofa, carinhosa, meiga...
não existiu...
tente levar como um mantra,
que eu era seu carma
e sumi...
que era sua sina mais triste...
Porque de você eu nunca quis
pouco e você nunca me ofereceu
muito, menos ainda o suficiente...
E agora decidi não ser o pouco
de mim que julgas merecer.
Sobre o medo,
já pode colocá-lo de lado,
não há mais ninguém à temer,
não há expectativas à superar,
nem amores à corresponder...
Já estou na estrada,
tomei o carro e a direção,
entrei na minha estrada particular,
rumo à um lugar onde nada me lembre você...
Porque te quero feliz,
e me quero bem...
Eu fui embora,
mas não chore,
não me procure,
não há possibilidades
de eu voltar.
Não deixei rastros,
que era pra não me procurar mesmo,
a última mensagem foi gravada,
mas não tive a coragem de deixá-la
na sua caixa postal, nem na de correio...
Arranque-me dos seus pensamentos,
dos teus olhos,
da sua vida...
Esqueça-me o olhar,
qualquer um deles,
tanto os tristes quanto os alegres,
os transbordados de alegria,
os repletos de você,
os de conquistas compartilhadas,
os das perdas pelos teus braços aconchegadas...
As cores,
reinvente-as pra um mundo
sem mim, sem pós,
um mundo finalmente sem entrelaces,
sem nós, e sem cadarços...
Pois és agora uma mulher
e no seu mundo certinho,
mulheres não podem se sentir
confortáveis e seguras calçando tênis,
não faz bem pra estética e
nem para os pré-conceitos alheios...
Sobre o amor da sua vida,
não conte à ninguém,
não são todos que o encontram...
FICO FELIZ POR TER SIDO SUA,
E POR TER ENCONTRADO O MEU EM VOCÊ...
Te amo,
Mas ADEUS...
Ingrid Nogueira.
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