sexta-feira, 24 de abril de 2015

Amor Cintilante da Lua


 Eu estou aqui!
Porque não me vês?
Já fiz de tudo para
À mim chamar sua atenção,
Me joguei na sua frente,
No meio do seu caminho.

 Eu brilhei, fiquei nua,
virei pó,
Agora estou exausta,
Me sentei no canto desta sala.

 E o meu canto você não ouviu,
Já dancei, e me fiz em outras mil,
personalidades.
 Mas você, como sempre faz,
Mais essa vez não viu.

 Será que dava Lua,
Pra só dessa vez me ouvir?!
 Já me tornei em criança,
Chorei e esperneei,
Mas nada de você aqui.

 Carrego na mão a coroa que me
Deste, em que me fizeste acreditar.

 Acredito-lhe e carrego em vão.

 Foram todas esperanças vãs.

 Várias mensagens por olhar,
Tantas ligações,
Súplicas em abraços, carícias e anseios,
Todas vãs!

 O suor de nossos corpos que
Molharam  e machucaram os lençóis,
Minha doce e alva Lua.

 Nosso óleo natural,
Que ao nos tocar corre pra todas
As fendas de nossos corpos,
Que pelo encontro perdem a timidez
E se despedem.

 O nosso amor que cintila,
Que escorre, e como o nardo mais puro,
Exala o cheiro marcante
Das nossas mãos escorrendo e
Acariciando nossos seios,
Nossas cinturas e nossos rostos
Cobertos de sincero desejo.

                                                Ingrid Nogueira.