domingo, 22 de março de 2015

Sobre o antídoto contra dias ruins...

Sobre você

Eu ainda me pergunto se deveria ter voltado e continuado o beijo...
Se não te devesse deixar ir.
A questão toda é apenas pra saber se valeria a pena, se mudaria alguma coisa na história de hoje.
E será que tinha que ter contado desde o começo que estava misturando tudo, que estava confusa, como no início da gravidez?!
E no fundo, querendo ou não, é uma gravidez minha, independente... fecundação sentimental e não correspondida...
Estou gravida por engano, do engano...



      Flora.

terça-feira, 17 de março de 2015

Nosso amor era assim...

Sempre quis com ela, isso de amar, de querer por perto, sabe?! Isso de fazer falta...
Sempre quis com ela aquilo que definíamos como amor...
O frio na barriga, o gosto de amora, o cheiro de pitanga doce...
Mas fui sempre eu sozinha, nunca nada com ela... Não era correspondida, amava uma sombra do que achava ser o mesmo que eu sentia...
Eram amores diferentes, eu amava-a com carinho, com paixão,  com amor, com bem-querer, e era admirada apenas, eu era apenas sensacional e nunca amável,  era amada amiga...
E me contentava...
Mas agora não mais...
Nunca mais...
Seremos amigas, mas nunca mais esconderei que a amo, nada nunca mais será igual... inclusive o fato de eu não mais ter que esconder a realidade do meu amor....


        Flora.           

quarta-feira, 11 de março de 2015


 Estou doente,
e te espero agachada
num dos cantos do teatro
há dias.
 Admito que exagerei nesse
meu modo de expressar.
 Mas o problema é que
se tratando de você,
tudo toma uma forma exagerada,
com a qual eu acabo me acostumando.
 Estão tentando me acordar 
para a vida real,
e sinto que será o melhor lugar
no qual eu poderia estar.
 Não é tão longe de você,
seremos amigos, juro,
não te darei tantas preocupações,
longe de tantas fantasias,
uma vida social medíocre,
não que eu a queira,
é só que acho mais seguro
para nós dois...

...Passou um tempo que eu 
te escrevi aquilo tudo.
 Eu estava, digamos: 
me sentindo ameaçada como
um animal encurralado.
 Senti a necessidade de me expôr.
 Tive que dizer tudo aquilo.
 Desculpe se te machuquei.
 Só estou aqui porque quero que 
saiba que já não penso mais em 
todos aqueles padrões de vida.
 Quanto a tentarem me acordar
para a vida real,
só acordei por querer te ver,
e confesso, não havia motivo 
a não ser você que me faria acordar.
 Mas agora que você decidiu 
viver longe de mim,
voltei para o meu "mundo de fantasias".
 Lembra?
 Você é quem o chamava assim.
 É.
 Agora me decidi,
voltei a ser atriz e escritora,
voltei a respirar, a viver,
voltei finalmente a sonhar.
 Sinto que você perto de mim
só me faz mal, você me deixa
a beira de um taquicardia sempre,
você me faz perder o ar.

 _ yo te amo! 
e a verdade é esta. 

 É um amor lúdico.
 É um amor que praticamente
precisa da distância para existir.
 É um amor em que a morte de um
de nós nos deixaria mais próximos
do que nunca estivemos antes.


     Ingrid Nogueira.             

Tentam me acordar


 Hoje te esperei como faço
em todos os dias de chuva.
 Hoje, mais do que nunca, 
desejei te ter ao meu lado.

 Simplesmente fiz isto em vão,
não adiantou nada, 
só fiz te querer mais.

 Você não apareceu,
e fiquei só novamente,
tentando entender o que 
havia te acontecido,
mas não consegui chegar 
a nenhuma hipótese - 
pelo menos nenhuma que me convencesse -,
por que eram todas absurdas demais.

 Por mais incrível que pareça,
você conseguiu me deixar 
surpresa novamente com suas mentiras.
 Nem meus pensamentos mais ridículos
poderiam ser tão hilários,
quanto as situações em que 
você diz ter entrado.

 Era fácil,
seria apenas dizer 
o que agora já sei.
 Seria fácil demais até,
e você foi quem me complicou.

 Hoje era pra ter acabado tudo,
mas era pra ser menos complexo.
 Seria simplesmente te encontrar,
te abraçar, beijar e depois
dizer que acabou,
mas você foi quem
arruinou todos os planos.
 Sabe, não vai ser isto
o que vai me fazer voltar atrás,
já que estou aqui, vou dizer
o que iria dizer, 
e você vai somente me ouvir.
 E não vai adiantar você fugir,
por que aí sim não vou mais querer te ver.

 Você fez de mim pedaços,
fez de mim alguém que 
eu sabia que não era,
você tirou minha  convicção de tudo
e me fez insignificante,
me usou depois guardou 
e deixou empoeirar, me fez mal 
e acabou me perdendo no meio
da sua própria escuridão.

 É, acabou.
 Porque já não existo mais,
não sou real de novo,
e não quero te encontrar
apenas em dias de chuva pra 
te ouvir lamentar em pensamentos
e se debulhar em lágrimas
na sua própria mente.

 Chegou a hora de eu voltar a existir
e sair do coma em que você me deixou,
e do qual tentam me acordar novamente.


       Ingrid Nogueira.            

Logo te encontraria


 Morri de medo quando você me disse 
que iria embora.
 Achava que estava te perdendo 
naquela hora.
 Eu pensei que estava te perdendo
naquele momento.
 Comecei a ter um enorme 
sentimento de perda.
 Lembrei da visão borrada que tive com você,
na qual eu te perdia.
 Foi a pior sensação que eu pude ter.
 Foi como se meu pulmão fosse arrancado 
brutalmente - não conseguia respirar.
 Senti como se estivesse me afogando
no verde dos teus olhos,
como duas jades,
no negro da noite da tua alma.
 Senti que estava sendo sugada...
 Senti como se algo me tirasse
a força, e acabasse com o meu fôlego.
 Me senti inexplicavelmente inútil
e culpada por você estar indo 
quase que sem rumo,
para um mundo negro,
de fantasias assombrosas,
no qual se afundaria e 
se transformaria em cinzas 
de alguém que era amado
e se sentia morto para todos em volta.
 Mas senti que logo te encontraria,
sonhando acordada, com o antes,
o agora e um talvez depois...
 Eu tinha dito que te amava
e você riu de mim,
e acabou enlouquecendo,
se tornou minha paixão
mais impossível e perigosa.
 Sonhei com esse dia 
e esperava que ele nunca acontecesse.
 Você é uma paranoia que criei
e mergulhei de cabeça nessa escuridão
que me fez sobreviver na solidão,
e o motivo foi você.


          Flora.        

Nossa canção


 Ei, você se lembra 
daquela música que cantávamos juntos?!
 Se lembra que só nós sabíamos dela?
 Se lembra também dos dias frios
que passamos abraçados apenas ouvindo-a
no CD que gravamos no meu
estúdio enquanto pensávamos
em fazer amor?
 Se lembra desse CD do qual 
apenas nós sabíamos?
 Se lembra dos olhares apaixonados
que trocávamos enquanto tocávamos violões,
guitarras, pianos e a corda vocal?
 Sim, tocávamos a bela 
canção que já tínhamos ouvido.
 Hoje eu pensava naquela canção,
até me encorajei e comecei a cantar,
mas você não estava aqui.
 Faltou você.
 Ninguém pode te substituir.
 Não adianta eu tentar me enganar.
 Senti sua falta e pedi aos céus
que acabassem com isso,
mas você teria que morrer na realidade e
nos meus pensamentos.
 E como eu não quis te matar,
decidi te ver feliz mesmo longe de mim,
mesmo com outra pessoa
à quem você deve ter ensinado nossa canção.


         Ingrid Nogueira       

Amamo-nos, ali

 Vi-a pura esta noite.
 Já não me tinha interesses impuros.

 Era ela toda pureza,
e já não me sabia mentir,
nem em palavras,nem em gestos,
e nem em seu olhar,
apenas me dizia.

 Vi-a tão amável esta noite,
enxerguei como nunca antes.

 Soube que era ela,
antes mesmo de haver falado-lhe,
e aquela sua silhueta,
aquelas mãos insinuosas,
sem nenhuma dúvida era ela.

 Mas não decidiu assumir
seus sentimentos,
e é uma particularidade dela,
não deixa nunca de ser 
a parte discreta de mim.

 Mais tarde, porém,
falou-me á sós e 
já  não podia mais 
se esconder em palavras.
 Seus lábios me falaram,
sem abrirem-se,
não saiu deles sequer uma palavra.

 Os sons que fazia,
eram palavras desconexas,
gritos da alma.

 Lia-se em seus movimentos,
todo o desejo por mim gerado.

 E mais uma vez ela não soube
cobrir seus desejos,
e por mais insanos que parecêssemos,
mais autênticos e amados
nos sentíamos.

 Era ela e eu não sabia,
era ela, e ela tratou logo de mostrar-me,
mostrou-me que não havia
como fugir daquilo,
como fugir do que sentia,
e então, não fugi dela.

 Amei-a decididamente,
tocamo-nos e amamo-nos
sem mais restrições.


                     Flora.      

segunda-feira, 9 de março de 2015



 Esquece, tira esse crucifixo do peito,
Que aqui nós não precisamos de proteção...
 Somos só você e eu, e mais ninguém...

 Não há nada à temer,
Nada que nos machuque,
Nem que nos faça mal.

 Não existem razões para medos e
Frustrações inúteis nos pesando a bagagem.

 Nessa viagem a dois,
Não aumentamos nossas malas,
Porque o que nos enche nos faz flutuar,
E quanto maiores nossas aquisições de
Felicidade e paz, mais alto nós vamos,
Mais distante nós chegamos.

 Larga esses patuás de lado,
Que o que nos vem não nos pode castigar,
Não precisamos temer...
 O prazer, aqui não proporciona dor...
 É o nosso mundo;
O nosso silêncio e só nosso o grito.

 Quanto aos incensos,
Já estão acesos...

 Esse ritual é nosso e não o oferecemos
À nenhum deus,
Apenas ao amor.
 A língua, só nós é que podemos entender.
 Tudo tão nosso, tão único...
 A música daqui é quieta, e
Dançamos na sua melodia...
 Minhas mãos, meus dedos e minha boca,
Passeiam pelo seu corpo numa
Coreografia aonde quem conduz é o tempo,
Senhor sagrado.

 Eu me entrego e
Não me sabes observar...
 Tens um jeito meio bruto de dizer
O quão meiga você sempre foi,
Como se escondeu atrás desse cartaz de vilã...
 Ali era meu animal de estimação,
Era dócil, mas me parecia acuada...

 Não era a mulher livre com quem
Eu costumava lhe dar,
Havia algo pressionando,
Fazendo-te ficar na defensiva,
E disse que estava tudo bem...
 Meu corpo te deseja livre,

A mulher que sempre desejei!

Minha pequena, não fique assim, tão mal...
Não sabes o quanto que chora o meu coração
Por saber que não posso te estender a mão,
Colocar-te no meu colo e
Deitar sua cabeça no meu peito...
Dar-te a beber da calma que seu pensamento
Tanto deseja e sua mente não sabe aonde achar...
Minha flor, não chore mais,

Que o que hoje te dói é o remédio de amanhã.

domingo, 8 de março de 2015


 É assim, mesmo que pensemos que não.
 Quando pareço ser absurdamente doce,
estou docemente louca.

 Você me deixa louca
com esse seu jeito de me olhar.

 É! Você mesma!

 Seus olhos transparecem todos
os desejos que tens com relação 
ao meu corpo.

 Me enlouqueço com a translucidez.

 Olhe no fundo dos meus olhos
e assuma, sem palavras,
toda essa vontade de ter-me.

 E então tenha-me.

 Acaricie-me com a doçura
de todos os seus gestos.

 Morena, esse seu jeito particular
marca todos os meus sonhos
e todas as minhas ilusões.


                      Flora.            

 Sumiu da minha vida por 
escolha própria e parece 
que vai ser fácil
manter-se distante daqui.

     Tudo bem,
       Que seja então!

 Estarei aqui,
como sempre estive,
à sua disposição.
 Só não à disposição 
dos seus caprichos.
 O único direito 
que não tens mais,
é o de querer-me provar amor.

 Não tens mais o direito 
de me fazer sofrer,
de me levar à uma nova desilusão.



                Helena d'Fleur.         


  Por ter que me esconder,
fui obrigada a mentir,
e por isso me senti mal.

 Mundo cruel, que não sabe 
respeitar as diferenças,
que obriga a todos 
um padrão louco.

 Já ouvi dizer que a forma
de vida que escolhi levar,
que decidi seguir, era errada,
era "fora dos padrões",
era medíocre e acima de tudo,
era escandalizante.

 E eu tentei me adaptar,
não nego.

 Mas o padrão nunca foi o meu normal.

 Mas o padrão que esse
mundo cruel os impõe,
sem saber respeitar as diferenças,
não combinou com minha forma de amar,
escondia a beleza do meu colar.

 Vesti novamente meu turbante
e fui para o mar,
depois de sentir as ondas batendo na canela,
depois da liberdade,
pude finalmente cantar!


               Flora.           

 Me embebedei com chá de maçã.
Essa não era a fruta do pecado?!
 Pois essa é a verdade,
me embebedei sem uma gota de álcool,
não acredita?
 Tente ser chutado como eu fui.

 Até a água seria desculpa para
a sua embriaguez,
para o seu porre mental.

 Você não vai precisar dormir antes de 
começarem os sintomas da ressaca.

 Tudo, dentro e fora da sua cabeça
vai começar a girar,
a sensação de carregar
uma bola de basquete
no lugar da cabeça,
e nada estará no lugar.

 Será como se virasse uma 
criatura noturna,
e qualquer feixe de luz
irá incomodar.

 Se não acredita,
eu tenho uma droga que
resolve a longo prazo,
um bom romance,
seguido de um espetacular término,
depois só a solidão com
chá de maçã sem açúcar,
como sua vida aí já será.


               Tato Abreu.           

 Escrevia-te no escuro,
para que ninguém me
pudesse ter acesso.

 Escrevia-te na minha cama,
e todos viam-me
prazerosamente a sonhar.

 Escrevia-te canções
e na minha pauta
a tinta se descoloria.

 Escrevia-te e era 
docemente aceito...

 Foi quando o Sol 
se animou,
tocou minha pele
e tudo se acabou,
 Acordei.



                   Flora.    

 Já estou enlouquecendo
de verdade com essa sua 
maneira de mostrar o quanto 
não se importa, quando a 
verdade é que muito se importa.

 A verdade é que tentas ler
o que te escrevo, e quando percebo,
finges que não.

 Acabou de chegar na minha vida
e já queres ir embora,
desejas fugir e é por puro
medo de se envolver.


              Flora.                     
 Eu ainda não me decidi
sobre todas aquelas palavras.
 Não fui eu quem disse que estava perdendo o
sentido, esquecendo os porquês.

 Tudo o que fiz foi cumprir um desejo seu.
 Me lembro daquelas palavras na madrugada,
no frio, sob a seda dos lençóis.

 Eu até pensei em lhe telefonar,
eu juro que eu quis,
mas não sei bem se por orgulho 
ou altruísmo,
me lembrei daquela noite,
e todas aquelas palavras.

 Lembrei também da agressão,
estranhamente sexy, 
com que proferia cada uma delas,
com que me olhava.

 É impossível esquecer também o
ardor e todo o desejo que senti
intensamente por aquele seu olhar.

 Anjo, perdona-me as faltas,
e esqueça-me os excessos.

 Esqueça-me, aliás, tudo!

Perca-me em meio à seu mundo,
mas tenha-me ainda em ti,
guarda-me apenas o rosto e
sinta-me ainda,
meus beijos, cheiro e gosto.

 Que falhe-te o humor,
mas que permaneça-te o amor.


                     Helena d'Fleur.        

sábado, 7 de março de 2015

Vinho, Conhaque e Hipocrisia


Estou rodeada de hipócritas,
Num mundo de impostores.
Estou consolada por um copo de conhaque
E um cálice de vinho.
Lembrando você ontem,
Lamentando o que eu não pude fazer.

Eu sei que lamentar não adianta e
Só faz aumentar a dor,
Mas pelo menos assim,
Posso dividir com alguém.
Estou sendo apagada aos poucos,
Meu brilho é sugado a cada segundo de mim.
Mas eu argumentei a dor,
(e o álcool...)
Usando o pensamento de que
Acabamos encontrando as inspirações
Sozinhos com as dores dos cortes que levamos no coração,
Ou que causamos em alguém.



     Flor Nigra        

Terei Prazer

Vou arrancar bruscamente
Você da minha vida;
Vou acabar com qualquer lembrança sua;
Vou fazer com que você vire somente uma história.
Mas antes, vou fazer dos seus sonhos pesadelos.
Vou te fazer gritar em cada cômodo,
Vou te fazer gritar...
Melhor, vou te fazer gritar de agonia.
Vou te fazer perder o fôlego.
Vou transformar sua vida em morte.
Vou te mergulhar na poça que se formou
Enquanto eu sangrava por você.
Mas que se foda a perfeição,
E que se fodam os finais felizes,
Cada um tem seu final,
Seja o que se constrói,
Ou o que se merece.
Eu estou vendo suas lágrimas e lembrando as minhas.
Agora meu fantasma vai te assombrar,
Eu vou te dar sentimentos pelos quais você
Vai sofrer, e vai implorar e chorar e amadurecer.
Suas lágrimas serão minha bebida,
E seu coração meu cálice, esta noite.
Terei prazer em te ver neste lugar.

Terei prazer em te ouvir ME gritar.


                Théo.                    

terça-feira, 3 de março de 2015

Agora é por mim...


 Você está na parte mais baixa da minha lista,
que é pra eu não ficar espiando...
 Me voltou precisando de apoio,
e eu, como tolo, me deixei iludir...
 Aquela dose da vacina, lembra?!
 A que estava atrasada?!
 Pois é!
 Esqueci de tomar...
 Ou talvez tenha sido proposital também...
 Pelo fato de ser contra você.

 A verdade é que eu não sei
se eu realmente amo você,
ou se me apeguei às nossas lembranças,
se gosto da sensação que a lembrança me traz.

 Não posso continuar com isso,
me desculpe...
 Pensei que saberia separar,
que eu era forte o bastante,
mas não deu...

 Eu quis te ver melhor,
e juro se for preciso.
 Mas já estava reiniciando
o jogo com o meu coração
e eu não aguentaria...

 Tive que ir-me,
sem olhar pra trás,
porque se olhasse
voltaria com certeza,
e não a teria novamente,
digo, a coragem de te deixar.

 Eu sei que não lia
as minhas mensagens
por que não queria responder,
por que, talvez voltasse a ficar no seu pé,
mas não vou mais...
e talvez você sinta uma falta...
falta de um alguém que faça isso...

 Eu não vou estar lá...
 Jurei uma vez
que não daria meu braço à torcer,
e descumpri a promessa,
mas existem erros que não se repetem.


              Théo.                      

Lembrete pra não voltar


Sei que não foi fácil pra você,
E não precisa pensar que para mim foi,
Que a resposta também seria
Um enorme tudo não!

Diferente de você,
Realmente eu tentei superar,
Esquecer tudo isso,
E tudo aquilo,
E tudo mais que pensamos e
Não aconteceram.

Nunca quis que você sofresse,
Assim como nunca quis sofrer.

E mesmo sem a intenção,
Magoamo-nos,
Cortamo-nos,
Mesmo que não superficialmente,
Machucamo-nos onde mais dói,
Onde quase nunca cicatriza.

Não nos adianta gastar tempo
Tentando encontrar um culpado
Pois erramos os dois,
Usamos de todas as armas que nos dispúnhamos.

Foi, como se costuma dizer,
“Chumbo trocado” e segundo
Ainda o ditado,
Eles deveriam não doer...

Ainda sobre o chumbo,
Admito que errei por retribuir...

Sobre as cartas,
Errei por tê-las escrito.

Sobre as desculpas,
Usamos o termo errado
E por isso estamos sofrendo ainda...
O termo correto seria perdão.

Mas não fomos capazes de
Perdoar, de esquecer,
De demonstrar o tal amor
Que dizíamos sentir,
De deixar ir sem dor,
Sem rancor, apenas ir...

Mas não a culpo,
E nem a mim mesmo,
Só tenho dois conselhos:
Não erre assim novamente;
E nem tente voltar aqui,
Não estarei mais,
Nunca mais para você.

Sobre segundas chances,
Não me peça,
Pois já seria sua quinta...

Sobre possibilidades,
Todas daqui pra frente!


     Théo.                 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Since Ever


 Ontem, nos falamos,
e a palavra mais sábia
que poderia escolher,
a mais bela de todas as que usei,
foi o silêncio.

 Sem me arrepender de nada
do que eu te disse,
arrependo-me de não preservar 
meu precioso silêncio.

 Uma tinta diferente
colore as palavras
que escrevo agora.

 Depois de ler tudo o que me disse ontem,
acordei hoje sozinho novamente.

 Nenhuma das nossas palavras mudou nada,
o mundo não mudou, para mim, em nada,
apesar de tantas mudanças constantes,
é como se eu tivesse parado no tempo.

 Estou tão confuso...

 Orfeu parece me seduzir e
rir de tanta fragilidade.
 Afrodite parece inventar mais brincadeiras de amor,
e usa meu coração como cobaia, mas...
_ Ei! Afrodite, não tem graça não!

 Até agora, não me preocupava em ser todo
tão certo, nem sedutor.
 Eu era feliz em saber que era desejado
somente por se o que era desde sempre...

 Era eu, mas de mim, nada;
era homem, mas não sentia nada.
 Agora sei que sou Cravo,
sei que de tudo, sou cor,
sou flor, sou sua dor.

 Agora, quem guarda,
quem coleciona corações,
e os coloca em prateleiras,
sou eu.




                                          Théo.