quinta-feira, 17 de março de 2016

O meu amor...

Acorda pra uma realidade!
O MEU AMOR não vai
deixar de amar porque você estranha,
Porque você não concorda,
Porque você me insulta,
Porque você tem maus pensamentos sobre mim...

O MEU AMOR não é algo que dependa de coisas boas vindas de você,
Ele também não precisa da sua aprovação,
Ele existe mesmo que você não seja capaz de amar,
Ou de me deixar em paz, ou de me respeitar...

É isso o que te incomoda,
Eu independo de qualquer um pra ser de luz,
Ou de retribuições ou de incentivos alheios...

Só não me olhe se não puder me observar de fato,
Não me ouça se não puder me escutar,
Não me diga se eu não puder contestar,
Nunca tente me prender,
Como um leão, não fui feita pra ninguém encurralar...


Ingrid Nogueira.

Eu sei tão pouco, que sei lá...

Perdidona aqui...
Paralisei...
Culpa do seu "♥"
Que não sei...
Queria tanto merecer...
Eu só queria "TE PODER"

Perdi tudo o que eu tinha pensado...
Só sei que...
Sei lá...
Te perdi

Por petulância minha...
Volta aqui,
Me deixa concertar,
Eu sei que o que eu fiz não é fácil concertar,
Mas eu quero tanto tentar...

É só a esperança do teu sorriso
Onde é que você foi
Tão longe que já não te vejo?!

Sinto muito meu bem...


Ingrid Nogueira.

Há um (amar)go dentro dessa história

Você disse que gostou,
mas foi da boca pra fora
Você não me leu...
Mas não me deu a atenção devida...
Me deixou passar,

e agora vem dizendo que não era madura assim...
Na vida, não se aprende a ver meu bem...
É como fazer seu coração bater,
não é escolha sua...
Deverias aprender a olhar...
Você ainda me é importante, 
E ainda me faz disparar o coração...
E pra você não faz o mínimo sentido...

E o grandessíssimo problema,
é que Eros te fez importante pra mim...
Baco me embebedou de você,
E eu me deixei vulnerável depois do seu olhar...
E como Medusa aos homens,

você me paralisou...

Ingrid Nogueira.


Quero ser cheiro na memória

Não quero seu
Silêncio perturbador...
Sou toda loucura
E gritos
E desacertos...

Já se perguntou alguma vez se estava sendo justo?!
Digo com você e com o outro alguém também...
Nunca dá uma resposta concreta,
Mas as procura do outro lado,
Atrás do brilho dos meus olhos...

Eu tenho o direito de me calar,
Faça como antes, e me deixe aqui,

Assim, como antes, quieta,
Aqui, jogada de lado...

Já estava confusa, não precisava
dos seus serviços pra me fazer piorar...
Sobre você, frasco novo, perfume velho...
Quero ser cheiro só na memória,

no meio daquela época boa...

Ingrid Nogueira.

Meus dias sem você

Meus dias sem você estão contados...
E cada dia que adiciono à essa soma torturante,
Faz meu peito sangrar
Não é que eu não consiga viver sem você, 
São pequenas hemorragias sentimentais.
Não é que eu vá me matar,
Ando morto por aí, E já faz 359 dias...
Eu contei, e quando esse ano virar,
Mais outra vez meu peito vai sangrar, 
Dessa vez pra nunca mais. 
Ando pedindo aos deuses do Olimpo,
Que me livrem desse desacerto...
Que o guardem na caixa de Pandora, 
Que o escondam do mundo...
Faz parte de todo o mal que se pode imaginar.

Eu cheguei no limite...
De quase pedir a Hades que me leve no lugar de Perséfone...
Que eu pudesse habitar em sua companhia...
Que eu bebesse do rio das almas, 
Mas não andasse mais no mundo dos vivos,
Que era pra eu não me encontrar com você outra vez...
Mas tola seria eu...
Pessoas com o coração igual ao seu
não têm uma vida tão longa entre os vivos...
O esforço seria inútil e tolo.
Não faço um acordo com o senhor dos mortos,
Nem com o dos vivos por você...
Meu acordo é comigo,
Sem mais ilusão
Não por você.



Ingrid Nogueira.

Da paz...

Porque existe uma infinidade de paz...
Uma infinidade de concepções do que é paz...
E pra mim, paz é poder ter calma e saber que ela não vai ser violentada...



Ingrid Nogueira.

Me permiti vagar

Te vi, escorrer aos poucos,/no meio de todos os outros,
descendo, correndo e partindo...
E o trem, como enchente que carrega tudo,
levou de mim a esperança, a dor e você...
Virei morador tristonho daquela estação
desenhando nas paredes, quadros para os dias em que te esperava passar...
O espaço me acabou,
tanto o da parede quanto o da espera
chorei muitas noites quando não podia ficar mais ali
mas quando eu soube que o tempo da espera acabou, sorri
e me fui só, assim, sem mais brigas, sem mais bebidas...
Apenas fui.
e uma serenidade me enchia o peito,
descia as escadas e meu coração se achava leve,
não deixei ninguém pra trás,
à me esperar...
tomei o trem, e meu mundo voltou a ser cheio,
conturbado, barulhento,
como era antes de você ir...
Odeio partidas..

  Ingrid Nogueira.


Texto: @griidnogueira
Foto do projeto maravilhoso: @divagandoemvagao

Não mais você

Hoje eu...
Lembrei de você...
E chorei...
Pela última vez...
Prometi pra mim,
E a minha palavra vale muito...

Lágrimas
...
Chega delas...
Diminuí dessa história dois pontos,

me decidi pelo final.
Me doeu, mas me propus vida,

e você me sugava...
Te coloquei de lado e me deixei viver.


Ingrid Nogueira.

Não me vale de você, nada

O que me vale de você,
É a dor,
Com quem muito aprendi...
O que me vale de você, 

na verdade não tem valor,
Nem a alegria me compra esse pequeno prazer,

esse prazer egoísta da vontade de te causar...
E de não o fazer por deduzir que havia paixão...
O que me vale de você, 

é um resto de vingança que meu peito destila,
É um imã interior,

que atrai pessoas como você,
Crianças que diante da minha entrega,

como você, fogem, sem saber o que fazer...
E somem sem saber por onde ir.
O que me vale de você

são os textos que hoje me saem,
como gritos de agonia, são preenchedores do vazio,
do rombo que você deixou quando partiu...

Ingrid Nogueira.

@driimariah

Vou escrever
Um livro sobre você,
Pra te colocar pra fora.
Da forma mais gentil,

Te apresentar ao mundo.
E a você, a porta da rua do meu coração...

Te tirar do problema que é ser gostada por mim...
Nunca quis te complicar,
e por isso vou te tirar dessa.
Na verdade, quero me livrar do que sinto sozinha
Vou mostrar para o mundo

O que a paixão cega pode fazer...
Queria sua amizade,
E foi você quem quebrou a promessa.
Não vou te prender aqui,
Vou te eternizar na minha literatura pobre, 

E soltar nos corredores, nas vielas da cidade,
Pra que você ecoe vaga, serena e múltipla de solidão...
Vou te libertar, pra que não tenhas pra onde ir,

Pra que na prática, a teoria do meu livro não funcione, 
E que não estejas comigo nem em pensamentos,
Que o frio das noites castigue o calor
Que havia antes nos nossos peitos,
No meio dos nossos Abraços...
Pra que eu esteja nua de você.


P.S: o título foi sugestão do navegador... Acho que ele é vidente...


Ingrid Nogueira.
E entre todas as linhas,
Tudo é inspiração,
Até que me chegue alguém

pra tirar a atenção dos demais...
Nas linhas tortas,

como as paixões que encontrei,
esqueci n'alguma esquina,
o sorriso que andei gastando
por quem não quis me acompanhar...

Ingrid Nogueira.

Escrevo tanto, e você que não fica

Poesias:
Escrevo longas,
Na tentativa de que
Fiques mais um pouco,
Cada vez mais...

Queria tuas lembranças largas,
Como os sorrisos que de ti guardei.
Pra saber se daí,
No meio delas,
Você me volta...


Ingrid Nogueira.

INTENSIDADE

Meu coração é
Vitrola de um
Disco só: INTENSIDADE...

O disco que o meu
Coração decidiu tocar...
Escolha muitas vezes infeliz...

Não tem legenda...
Minha vitrola toca a intensidade,
E arranha o disco,
E quebra a agulha,
Por atritos de quem não sabe lidar...
Não tem etiqueta na capa,
Nem tem instruções...
Meu coração é vitrola exigente,
Só toca pros dignos do meu todo.

Meu coração tinha mais critério...


Ingrid Nogueira.

Sobre se ver matar

Meu coração
Com sua petulância,
Decidiu morrer,
Ele quis ficar
Enquanto eu ia...

Ele tem vontade própria e quis ficar...
Ele preferiu se cortar,
Masoquista,
Patético...
E o amor, que se aloja,
O chamam de poético.
Ironia, visto que a dor
Que me causa prazer
Me deixa a sangrar,
E a doer...
O que tem de poético
Na falta de beleza?
Eu digo o que há!
Há o infinito,
Há o que não se poder explicar,
Há silêncio,
Há o observar,
E o sentir...
Há a atenção que ninguém te pode dar.
E no mesmo passo,
Uma solidão sincera,
Nua, pobre, aberta,
E o queimar calmo
das pontas dos cigarros no cinzeiro...
Vida que escorre de mim aos poucos.

Ingrid Nogueira.
Olho de ressaca,
Risada endiabrada,
De demônios dançantes,
Que se misturam
Cheios de cores
Que não se mostram
E deixam no ar
Um tom de mistério
Que eu quero desvendar
Desde a primeira vez
Em que bati os olhos
Naquela diaba
Eu não consegui controlar
Minhas pupilas
Nunca mais...

 Ingrid Nogueira.

Voltas por aí

A gente
Ainda tem muito mundo
Pra rodar...
Muito mundo
Pra variar...

Por que nós temos tantas possibilidades baby...!
Eu não sei por onde começar.
É que eu nunca parei pra pensar nisso antes,
E eu estou grilada com "tudo tanto"...

É muita beleza rara,
Tanta utilidade fútil...
Não era o que eu me iludia na espera.

Eu vi demais,
Eu senti demais...
Eu senti falta,
Faltou calor,
E "aprochego"...

Faltou você comigo,
E agora eu tenho "tanto tudo"
Pra te mostrar...

E "tudo tanto" anda em falta...
Você tem carinho estocado?
Se prepara, que a estrada é longa
E as farpas não se medem
Talvez eu não consiga te "olhar" de perto sempre
Talvez você precise esfriar,
Talvez aquecer...

Com certeza minha memória vai falhar,
E você vai ser minha bússola...
Te cuida de proteger suas especialidades
Cuide de ainda ser você...

O mundo, de grande,
Guarda muita dor,
E muita insanidade,
E muito "tanto"

Cuide de logo se cuidar...

Que o mundo não cuida da gente não amor...
As porções boas,
Guarde-as como tesouros,
Pequenas descobertas,
Rápidos amores,
Especialidades raras...

Cuide do seu "tudo tanto"
Cuide pra não se machucar tanto,
Pra não se doer tanto...
Cuide da intensidade com que você leva a vida...
O mundo não é feito de piedades mútuas,
Mas a continuidade de dores
De vez em quando cessa,
Por algumas horas pequenas, que fazem valer a pena.

Ingrid Nogueira.


O anjo que não quis ficar

Será?!
Já tentei te fazer ficar
Das maneiras mais difíceis,
Das mais tolas,
Das mais idiotas...
Mas nunca dessa maneira,
Do jeito da fé,
Do jeito mais simples...


Mas eu fico me perguntando
O motivo pra eu querer
Que você fique,
Se você já não quis ficar.

Vai que o seu caminho
É longo e só...


Ingrid Nogueira.

LÁ!

Sobre estar onde se pensa,
E não estar aqui...
Eu estou lá, que é pra onde
Eu me deixo carregar...

Eu estou lá,
Que é onde meu coração
Sempre teima em estar

Eu morro, hoje lá,
Ela planície, ontem aqui...

Eu subida e
Ela descida,
Declínio, decaída...

E é lá nela,
Toda instável,
Que meu coração
Precisa estar...

Coração viciado
Na mais profunda sofreguidão...

Coração poeta,
Ou metido à versador...

Que teima na
Posição à ocupar,
E não se importa
Com as dores que vai doer

Que teima nos calos
E cicatrizes...

Meu coração é bonito,
Cheio de marcas,
Tatuagens as quais ele se tatuou,
Ele tem marcas próprias,
E não há sorriso dela
Que o faça parar...


E agora ele gela
Sem ninguém
Pra abraçar,
Pra ouvir seus lamentos,
Hora rápidos, hora lentos...
Hora altos, hora silenciosos,
E frenéticos e hora mortos...


Porque eu morro em
Suas mãos grandes,
E lentas, e frias,
E desajeitadas...

Porque ele não sabe
Se conter aqui, quieto,
Porque coração de poeta
Nasceu pra doer,
Pra rodar o mundo
Aqui, fora do peito...


E enquanto eu estou aqui,
Ela está lá, e ele,
Esse coração safado...

Ingrid Nogueira.

Da sua imagem cega

Você era o alguém
Que eu queria encontrar...
Mas eu tinha a visão
Meio turva...

Depois do óculos da vida,
E de chegar bem perto,
Descobri que você
Era mesmo só uma mancha turva
Do que eu pensei que era
E você não chega perto
Do meu 'ser você' predileto....
É que eu gostava de quando
Você errava
E você é perfeita
E eu gostava da
Falta de prisões que te rodeava...
Mas faz questão de mostrar as limitações que você própria se dá...
E isso não é bom...
Eu te via anjo,
Mas és mosca...
Nem pássaro,
Nem borboleta no estômago.
Não és mais.

Ingrid Nogueira.

Das minhas mulheres prediletas

Certa era Natasha,
Que rodava as voltas do mundo,
Que não deixava só a vida passar,
Capitu era então um tipo de Natasha,
E Natasha uma evolução temporal de Capitu...
Eu que aprendo com

essas mulheres da minha juventude,
Me deixo livre a rodar,
A crescer por aí pelo mundo,
E volto dona de mim,
E mais segura ainda do volúvel,
Mais mulher,
Mais moleca e ainda mais menina...
Porque agora eu aprendo

a ser dona de mim aos pouquinhos...
Ingrid Nogueira.
Perdeu a genialidade
No meio do caminho
A ignorância
Era a pedra
Do meio do caminho...

Ingrid Nogueira.

Sobre bloqueios modernos...

Você é tanta cicatriz
No meu peito,
Que até meu
Subconsciente
Te bloqueou...

Parada aqui,
Tentei lembrar dela,
De como era aquele sorriso
Que sempre me contagiava,
Que me fazia perder o ar,
Minha noção de espaço sumia,
Não sentia espaço suficiente,
Não me movia,
Não havia mais ar quando colocava os olhos n'ela...
Esquecia de respirar.

E como se estivesse lá,
Era um Universo inteiro
À me esmagar,
E me esmiuçar... Eu era grão
A observar as estrelas,
Astronauta solto na imensidão
Sem tubos, nem galões reservas...
Porque quando se tratava dela,
Nunca estava preparada,
Não havia como se precaver... Quando se percebia,
Já eram os sintomas... E meu peito se deixava
Cortar, e diminuir, e explodir
Espontaneamente e sucessivamente,
Sempre que ela chegava,
Ou a seu mínimo sinal... Mas agora existe um
Bloqueio contra ela,
Eu não me deixo ver,
Não me deixo mais sentir.

Como um Android,
Fria... Ingrid Nogueira.

Nua de alma

Era crueza pura
Na alma
Que não possuía...


Mas não tinha alma,
Tinha no peito,
Só teimosia...


Queria um lugar seu,
Queria ter um nome,
Mas era crua onde mais
Pensava ser cheia...


É onde se vagava de si,
Eu prometi escrever
Sobre ela,
Mas o que me vem à cabeça,


É só um vago...
Não sei falar dela...
Ela é crua de tudo.

Não olhava-a nos olhos,
Porque nada me parecia
Ter dentro de si.

Ingrid Nogueira.

Sobre introversão amorosa

P.S.:
Eu amava um caracol,
Eu o caracol era você...


E como numa concha, se escondia,
E descia as escadas de dentro de si,
E se introvertia sobre mim...

Não me deixava entrar
Não me deixava chegar perto,
Me "poupava" de si...

Eu amava um caracol e não sabia...

Ingrid Nogueira.

Escultura dos espíritos

Índio de pele clara,
de olhos de mata, de pele marcada...
Escrita de espírito,
índio-homem-branco,
livre, curumim sábio,
espírito selvagem,
de liberdade que não se deve ameaçar...
Não sei do toque, nem da voz,
não sei da hospitalidade do peito,
só sei dos olhos que possui,
olhos cor de mata, menta fresca,
sei de como fala comigo,
e de como seria capaz de
me fazer deixar levar,
por cada pausa entre suas frases...
Rodeado de azul,
carrega no peito um universo infinito,
que me intriga a desbravar...
Obtentor das palavras que profiro,
mesmo antes de eu as pensar,
voz muda, olhar misterioso,
vulgo Bruno.

Sobre Bruno...

Um tom de azul cereja

Não sei como te nomear...
Luz de um canto de mim,
que nem eu domino...
Meu azul favorito,
se eu voltar a falar do seu sorriso,
me perdoa a repetição, 
mas todas as vezes em que você me fala,
repete o ato, mesmo que num
movimento discreto de canto de boca...
E já não me é a primeira repetição sobre você, 
e não é que eu tenha pouco a falar de ti,
mas são as partes que me encantaram...
Moça do coração livre,
da poesia pautada nas palmas das mãos...
Que me traz na própria pulsação,
o ritmo que pretendo usar em cada diálogo apaixonado.
Se eu trago do seu pescoço o perfume,
me embriago e me vicio...
E não é uma boa ideia me viciar no imprevisível.
Mulher do toque macio,
de covas profundas do sorriso,
onde me deixo enterrar todas as vezes que te beijo...
Não quero parecer obcecada,
mas é que são tantos atributos...
Quase fiz um sorteio pra saber de quais dizer...
Optei pelos que mais me tiraram da realidade, 
que me fizeram não olhar pro que havia ao redor...
e como um círculo de ilusão, 
penetrei minhas atenções em ti...
Náiade de Atena,
forte, livre, encantadora...

Ingrid Nogueira.