quinta-feira, 17 de março de 2016

Um tom de azul cereja

Não sei como te nomear...
Luz de um canto de mim,
que nem eu domino...
Meu azul favorito,
se eu voltar a falar do seu sorriso,
me perdoa a repetição, 
mas todas as vezes em que você me fala,
repete o ato, mesmo que num
movimento discreto de canto de boca...
E já não me é a primeira repetição sobre você, 
e não é que eu tenha pouco a falar de ti,
mas são as partes que me encantaram...
Moça do coração livre,
da poesia pautada nas palmas das mãos...
Que me traz na própria pulsação,
o ritmo que pretendo usar em cada diálogo apaixonado.
Se eu trago do seu pescoço o perfume,
me embriago e me vicio...
E não é uma boa ideia me viciar no imprevisível.
Mulher do toque macio,
de covas profundas do sorriso,
onde me deixo enterrar todas as vezes que te beijo...
Não quero parecer obcecada,
mas é que são tantos atributos...
Quase fiz um sorteio pra saber de quais dizer...
Optei pelos que mais me tiraram da realidade, 
que me fizeram não olhar pro que havia ao redor...
e como um círculo de ilusão, 
penetrei minhas atenções em ti...
Náiade de Atena,
forte, livre, encantadora...

Ingrid Nogueira.

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