quinta-feira, 17 de março de 2016

Sobre bloqueios modernos...

Você é tanta cicatriz
No meu peito,
Que até meu
Subconsciente
Te bloqueou...

Parada aqui,
Tentei lembrar dela,
De como era aquele sorriso
Que sempre me contagiava,
Que me fazia perder o ar,
Minha noção de espaço sumia,
Não sentia espaço suficiente,
Não me movia,
Não havia mais ar quando colocava os olhos n'ela...
Esquecia de respirar.

E como se estivesse lá,
Era um Universo inteiro
À me esmagar,
E me esmiuçar... Eu era grão
A observar as estrelas,
Astronauta solto na imensidão
Sem tubos, nem galões reservas...
Porque quando se tratava dela,
Nunca estava preparada,
Não havia como se precaver... Quando se percebia,
Já eram os sintomas... E meu peito se deixava
Cortar, e diminuir, e explodir
Espontaneamente e sucessivamente,
Sempre que ela chegava,
Ou a seu mínimo sinal... Mas agora existe um
Bloqueio contra ela,
Eu não me deixo ver,
Não me deixo mais sentir.

Como um Android,
Fria... Ingrid Nogueira.

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