sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Brincadeira de poeta

Meu coração disparou,
Quase que do peito saltou.
Foi só de tanto esperar,
E eu passei o tempo á pensar
O que podia falar,
Se era sensato ou não,
Me entregar de cara á paixão.
Seu dedilhar no POP ouvi.
Vi seu lindo riso no céu.
Senti seu swing na roda da bossa,
Na beira da praia,
Ao som do Caetano e da Gadú,
Encheu o meu céu de areia,
Pôs estrelas e a Lua no mar,
O meu mundo de ponta-cabeça,
De medo adoçou meu pavor.
Não perdi tempo procurando rimas para tudo ter sentido.
Porque depois que entrou na minha mente,
Nada mais tinha sentido se não envolvesse você.
Não que houvesse antes,
Só haviam alguns poucos motivos pra tudo.
E enquanto de madrugada eu escrevia,
Tive a certeza que te encontraria.
Foi na época em que

De ser poeta eu podia brincar.



                          Théo.                        

À noite, sem você

Eu ainda não sei como me comportar sem você aqui...
Não sei como conduzir meu corpo ao prazer,
Porque não está aqui para pegar minha mão...
É que só você sabe o caminho...
É que meus traços não são como os teus,
O seu toque é único, sem peso...
Me faz sentir bem,
Me faz sentir sem...

E se for pra gozar com mãos,
Que seja com as suas,
Que dedilham meu corpo,
Me conduzem como se fosse o lápis que usa
Para traçar desenhos e canções,
Para desenhar todo o seu mundo comigo dentro,
Para escrever canções sobre nós,
Como se houvessem mais belas que te ouvir gemer...

Eu me divirto com ele, mas você não sabe,
Nem presta mais atenção em mim...
Estou me perdendo aos poucos,
E você já nem vê,
E me dói saber,
Eu tenho uma vida inteira sem você!
Você está ficando pra trás de mim,
Está deixando de ser minha,

Me largou sentada á beira do caminho...

                                        Théo.