quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Longe de te Amar

 Seu aparelho pressiona
meus lábios, como
suas mãos ao meu corpo
contra o seu.

 Seus olhos me desejam,
e me dizem que quer mais.

 Suas palavras me encantam,
sua doçura me seduz,
você me leva a fazer o que
ainda ão havia experimentado.

 Quando você me toca
sinto algo estranho,
que nunca havia sentido,
sinto agora que estou pronta.

 Mas hoje faz 8 meses que não te vejo,
e eu já não consigo mais parar de pensar em você,
porque apesar de ter a capacidade de amar,
ainda assim era fria.

 Eu nunca consegui entender o
motivo de esconder que estava amando.
 Pois este não era o caminho mais
curto ara a felicidade?

 Não entendo como conseguia viver
escondendo isso.
 E eu me frustrei ao esperar que
dissesse que me amava.
 Eu me machuquei tentando te fazer sorrir,
com você foi a única vez em que as
palavras EU, ESTOU e MEIA
me pareceram engraçadas juntas,
não sabia que era tão fácil
começar a não parar de pensar em você e
nem que era tão difícil te esquecer.

 É uma tortura ter que pensar em você assim,
e eu não me canso de me torturar todos os dias,
sem deixar que um passe em branco.

 E à propósito,
eu me odeio por te amar,
isso me machuca o ego
e você me maltrata só por existir,
e o grande problema,
é que eu não me canso.



                                   Ingrid Nogueira.                                                      

Carta Para Voltar Depois de Partir

 Fizeste nascer o pior de mim;
acordaste algo que nem eu conhecia;
e gostei do que você me fez.

 Mas agora vai embora, assim, sem
dizer o porquê,
sem ao menos saber para onde,
ou que caminho vais tomar.

 Nos últimos anos estive me dedicando
de todo à isso, ao que sentia.

 Era a única coisa que desejava,
mas já não me importo em destruir
o que agora acabei de erguer.

 Eu não vou implorar para que fique,
mas não vou fazer suas malas.

 Agora estou saindo por aí,
quando voltar, espero não ter
vestígios do que entre nós houve.


Trarei alguém para bagunçar a cama,
seu quarto a nossa casa;
para deixar um cheiro de suor novo,
uma nova sensação, lembranças novas,
para deixar tudo aqui livre de você,
livre do nós que acreditei existir.

 Quando sair, pode levar a sua nave espacial
que escondi na garagem.

 E não esqueça sua louça suja na pia,
ou ficará lá até você voltar.

 Não volte tarde, Meu Bem!

P.S.: Cuide da sua Amnésia.


                                              Théo.                                                  

A minha rua

 Agora sei, o sentimento não basta.
 Não adianta mais chamar por mim,
eu não vou, você é caminho proibido.

 Eu sempre fui até ti,
atendi à todos os teus pedidos,
e agora, como depois de todos os amores,
foi embora.

 Eu não sou seu brinquedo,
sou feito de carne, osso e coração.
 Sou feito de mor, atitude e desdém.

 Entendi que posso brincar contigo também,
descobri que não tem graça esse seu
jogo de horror.

 Se possível, afaste-se das lembranças
desse amor que assombra meus pensamentos.

 Sou feito de ousadia,
então tenha cuidado o atravessar
a minha rua.



                                           Théo.                                    

Since Ever

 Ontem, nos falamos, e a palavra mais
sábia que poderia escolher,
a mais bela de todas as que usei,
foi o silêncio.

 Sem me arrepender de nada do que eu te disse,
arrependo-me de não preservar 
meu precioso silêncio.

 Uma tinta diferente colore as palavras
que escrevo agora.

 Depois de ler todas aquelas palavras suas ontem,
acordei hoje sozinho novamente.

 Nenhuma das nossas palavras mudou nada,
o mundo não mudou, para mim, em nada,
apesar de tantas mudanças constantes,
é como se eu tivesse parado no tempo.

 Estou tão confuso...

 Morfeu parece me seduzir e
rir de tanta fragilidade.
 Afrodite parece inventar mais brincadeiras de amor,
e usa me coração como cobaia... mas
_ Ei! Afrodite, não tem graça não!

 Até agora, não me preocupava em ser todo
tão certo, nem sedutor.
 Eu era feliz em saber que era desejado
somente por se o que era desde sempre...

 Era eu, mas de mim, nada;
era homem, mas não sentia nada.
 Agora sei que sou Cravo,
sei que de tudo, sou cor,
sou flor, sou sua dor.

 Agora, quem guarda e coleciona
corações em prateleiras, sou eu.



                                          Théo.                                      

Flor de Sakura

 Nós somos parecidos,
 nós amamos, sem contar o peso
da beleza que há nisso.

 Queria, em outra vida
ser alguém realmente digno do seu amor.

 Digno que te amo, e para você é como se
estivesse exercendo minha profissão,
e tentasse te enganar,
fazer-te acreditar na história
que me vejo encenando.

 Só que não lembrou de
pensar que também tenho sentimentos.

 Sim, flor!
 Tenho-os, embora não te aparente.

 Já parou pra pensar flor,
que escolhi te amar assim,
pelo significado da cor?

 O amor me fez enxergá-la,
sem contar opiniões alheias,
sobre seu caráter ou sua aparência.

 Para todos os demais, és minha flor.
 Para todos lá fora, não existes,
por seres tão valiosa,
por seres tão amável,
por seres tão você.



                                    Théo.                    

Anjo Negro em meus Olhos Negros

 És insolúvel enigma,
sim, você é impenetrável,
não existe mais nada que me deixe tão confuso,
nem tão constrangido.

 Mostra-te tão forte, e és tão frágil...

 E ainda ouso em comparar-te com
minha Sakura, mãe de tantos heróis,
mãe de samurais que salvaram vidas
e enfeitaram ainda seus túmulos,
zelaram por seus filhos até à hora da sua morte.

 És rica em cor, sorrisos, amor
carícias, sonhos e o mais belo que há em ti
é o brilho dos seus olhos,
que me leva ao fascínio total.

 Você pode ser minha cura?


                                     Théo.                              
 Te vi, e alcancei
era você a única que poderia me salvar,
e por medo me deixou ir.

 Deixou que me fosse e me perdesse.
 Te vi no fundo daquele abismo e mergulhei.
 Eu voltaria por você, mas
sinto que não enfrentaria nada mais por mim.

 Já entendi que vives no meio da tristeza profunda
para não fazer outro alguém sofrer.

 Evitas viver pela felicidade alheia,
por isso é que não pude mais te esperar,
e mergulhei, sem que tivesse
outra escolha plausível,
aí morri.



                                          Théo.