quarta-feira, 12 de novembro de 2014

 E você ainda acha que
vai ser assim,
olho para todos os lados,
vejo todos a minha volta,
corro, e ninguém sabe que estou lá.

 Quem me percebe,
não vê meus olhos,
e finge ser meu espelho,
mesmo sem querer.

 Me carrega na lembrança,
fotografia do que se não vê,
luz que ilumina pensamentos claros,
que se confundem, e
fundem com sentimentos.

 Eu quero partir, ir embora,
eu preciso descansar,
e bolar novos destinos e planos,
e não encontrar-te novamente, e
rir de mim,
e fazer da morte luz,
e da dor, sonho e
de mim eu mesma,
deixar de ser quem eu
me projetei para ser,
começar a amar e
não mais ser sombra.

 Sorrir, e quanto mais de mim for,
ser você.

                                               Ingrid Nogueira.                             

Loucura

 Despertar e ter a certeza de ESTAR...

 De estar lá com você, e
de que você está lá comigo.

 Poder apertar suas mãos,
e acreditar que não foi imaginação.

 Chorar e saber que você
está lá só pra me abraçar.

 E mentir, só depois,
fingir que não estive lá.

 Ter os momentos mais incríveis de todos,
e não poder contar pra ninguém.

 É não querer mais voltar para a realidade,
é fazer de conta que não existe,
é isso!

                    Enlouquecer.


                                             Théo.                                                                      
 Porque o silêncio ainda
grita sozinho dentro de mim,
porque ele ainda é silêncio sem você...

 A voz grave do silêncio ainda ecoa sem você...

 E o meu silêncio simplesmente te observava...

 Ele ria e já não era silêncio...

    Com você ali, tudo era sorriso!



                                   Théo.                                                                            
 Aquela nossa conversa me soava como poesia.
 Aliás, como todas as outras.

 Mesmo quando em brigas,
pois quaisquer palavras pronunciadas 
por tão divinos lábios soam
como a melodia da música,
entoada pelas notas delicadamente 
arrancadas, a carícias da cítara,
como se teu corpo fosse a cítara e 
meus lábios as mãos do instrumentista,
como se ao nos tocar entoássemos sons
tão agradáveis, que todo o Universo
conosco dançaria...

                                              Théo.