quarta-feira, 12 de novembro de 2014

 E você ainda acha que
vai ser assim,
olho para todos os lados,
vejo todos a minha volta,
corro, e ninguém sabe que estou lá.

 Quem me percebe,
não vê meus olhos,
e finge ser meu espelho,
mesmo sem querer.

 Me carrega na lembrança,
fotografia do que se não vê,
luz que ilumina pensamentos claros,
que se confundem, e
fundem com sentimentos.

 Eu quero partir, ir embora,
eu preciso descansar,
e bolar novos destinos e planos,
e não encontrar-te novamente, e
rir de mim,
e fazer da morte luz,
e da dor, sonho e
de mim eu mesma,
deixar de ser quem eu
me projetei para ser,
começar a amar e
não mais ser sombra.

 Sorrir, e quanto mais de mim for,
ser você.

                                               Ingrid Nogueira.                             

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