sábado, 15 de novembro de 2014

Canção sem final

 Eu fiquei de um jeito que
me surpreendeu.

 Já era madrugada,
e como já me era costume,
te esperava para conversar.

 Como nunca antes havia estado,
fiquei impaciente esperando ouvir
suas palavras, mesmo que escritas.

 A impaciência e a insegurança
tomaram-me todo o corpo.

 Nunca ninguém havia me deixado
desse jeito em tão pouco tempo,
e mais uma vez, ela me surpreende.

 E agora não por uma atitude própria,
mas pela inquietação que me causou.

 Era uma saudade,
uma vontade,
e milhões de desejos,
de possibilidades.

 Tudo nela e sobre ela
me encanta e não há mais
como negar.

 Aquele sentimento estava
muito além do que eu poderia
imaginar ter por um alguém
em tão pouco tempo.

 São aquelas coisas que
eu disse que ela incrivelmente consegue
provocar em mim só com um sorriso.

 O melhor de tudo isso é
que acontece naturalmente,
ela não precisa forçar nada,
é assim, um dom, essência!

 E depois de 11 estrofes,
33 versos e muita ansiedade,
ela me encontrou.

 Não me contento de felicidade
por ouvir suas palavras escritas,
só me contento depois que falo sobre ela.

 Escrevo sobre ela,
sem que saiba
mas tem sido minha maior inspiração.

 Ela chora do outro lado.
 Seu corpo também não suporta
toda essa distância,
essa saudade, e toda essa vontade.

 Do lado de cá,
meu peito escorre sangue,
por não saber ver minha menina,
minha guria, a pequena,
a prantear,

 E no final das contas,
ainda não nos podemos chamar NÓS,
mas já o consideramos em segredo,
nas conversas, nos sonhos...

 Ela é independente,
e isso me atrai.

 Ela é criativa,
e isso me desperta o desejo,
me instiga a curiosidade.

 Ela é um anjo,
e quero que me mostre seu céu.

 Sei que já nos envolvemos,
e no fim de tudo,
espero que essa não seja
mais uma dessas composições
jogadas ao vento.

 Que nos seja uma eterna canção,
esse repentino amor.

 Que nos seja tão eterno quanto a infinidade,
dela não quero mais me afastar,
e que assim, aos poucos,
não me queira deixar também.

 Que essa nos torne eternos.

                                                Théo.                      

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