Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
quinta-feira, 7 de maio de 2015
Sobre as nossas diferenças,
sempre preferi ignorar,
apesar de tão gritantes.
É que nós somos opostas,
pra aquecer, nas noites frias e sugestivas,
eu bebo chá e você cerveja...
Somos extremos boêmios diferentes,
eu me afogo em edredons, leituras e escritas quentes,
e você, em festas, bocas e corpos alheios...
É que somos sequenciadas...
você primeira e depois eu...
amor, traição e arrependimento,
nascimento, maturidade e sucesso...
É que as entregas entre nós
têm pesos diferentes,
a da mente,
a da paixão,
a do corpo...
O arrependimento,
pra você teve que valer,
e pra mim tem um
peso insuportável e
por consequência o rompimento
por visto quase infinito...
É que sobre te ter como amiga
nunca me deixou confortável...
Não sei como lidar,
você se esquenta com
outros corpos sobre o seu,
e eu tremo de frio,
esperando que o meu
moletom esgarçado me esquente as pernas,
e os dois pares de meias aos meus pés...
Eu tenho um quase infinito guardado...
P.S.: Nega...
Ingrid Nogueira.
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