segunda-feira, 10 de novembro de 2014

 Só queria ouvir mais uma vez
essa sua voz.
 É um martírio para quem já te ouviu
ser obrigado a ouvir e respeitar
o silêncio que me é imposto.

 Esse barulho perturbador do mundo
inteiro aqui fora, tantas opiniões,
sons e gritarias me endurecendo,
me enlouquecendo e confundindo meus pensamentos.

 Passei os últimos três dias pensando,
tentando achar algum motivo para
tal castigo.

 Mas tudo bem, eu te respeito,
ainda espero poder saber o porquê,
só espero que não demore tanto à
ponto de eu me cansar e não mais
me interessar  motivo,
ou voz, ou mesmo você.

                                                   Théo.                          

Helena

 Meu pequeno lírio,
que me fez sorrir e
que me fez chorar.

 Aquela delicada flor,
ela que sempre esteve ali,
não olhando nunca o que
de ruim acontecia em volta de si.

 E agora, a luz de uma vela,
já derretendo, vejo todos
os instantes que passamos juntos...
me torturando a lembrar
de cada momentos nosso,
todos os risos e brigas
qualquer não-se-falar.

 Tentando agora me dar uma chance
de chorar por uma última vez,
a chance de viver coisas novas
e deixar que flores novas enfeitem
meu jardim, como sugeria que eu fizesse.

 O pior é ter que fingir que nada
está acontecendo,
que está tudo muito bem.

 Tudo naqueles nosso dias,
carregado de sentidos mas ainda assim,
tudo muito delicado.

                     Théo.            
 Eu quero um amor que me transborde,
eu quero o amor que me
invada e escape por todos os orifícios.

 Decidi que agora quero um amor
que me eleve ao mais intenso êxtase.

 O quero quase perfurando o
abdome, e ainda assim seja doce,
que seja louco em sua serenidade.

 Quero dias e noites de transa selvagem,
e que estejamos num lugar que
apenas nós conhecemos.

 Quero a sorte de um amor livre de laços,
livre de complicações,
um amor aberto, que satisfaça
a quem nós permitimos participar.

 Quero um amor que beije,
coma, acaricie, durma, se banhe,
cozinhe e acorde comigo.

 Um amor que também me seja por
refúgio, que me seja remédio,
droga, loucura e sanidade.

 Eu quero um amor pleno
que me tome e que se dê num todo.

                                          Théo.                    
 Ela apostava em um final diferente.
 Sempre acreditou que tudo poderia mudar.

 O que ela não sabia,
é que às vezes o amor desgosta,
e quando descobriu isso,
se sentiu livre.

 Ela pôde ver suas asas crescendo,
seus limites desaparecendo,
e a escuridão ficando para trás.

 Agora faz o melhor que um dia pensou
em fazer por si mesma.

 Ela cansou de descrenças em seu amor.

 Mas antes de ir-se,
deixou algum óbolo para não
sentir remorso.

 E todos os muros que antes via,
aqueles dos quais tinha medo,
jogou com um toque no chão,
e descobriu a força que sempre teve
e que nunca o soube.

 Sentiu pela primeira vez o que era
a liberdade.

 Descobriu quão maravilhoso é ser amada,
enfim... Foi mulher!

                                                Théo.                    

Songs

 O caminho certo pra mim é você,
e mesmo assim você parece tão automática.
 Eu me pergunto se o meu mundo é mesmo meu,
dizendo ao final:
_ De quem é este mundo?!
 Respondo a mim mesmo, que é nosso, mesmo sabendo
que você pode devorá-lo.
 Mesmo assim eu digo sim, e vou.

 Só agora eu entendi que crescemos,
mas continuamos os mesmos.

 Eu sei que tudo o que aconteceu
magoou à mim e à você,
mas infelizmente eu não posso dar
tudo à você e não sei se você pode me dar tudo,
porém respeito é essencial.

 Sabe?!
 Esse seu amor louco e controlador
me faz perder a cabeça.
 Não sei o que aconteceu, mas na noite passada
você era louca por mim e agora diz que já
não me ama mais,
eu queria poder saber que estamos
rolando profundamente nessa nossa
história de amor, mas numa dessas
histórias ão á garotas se beijando,
nem para experimentar,
mas se houvesse, eu diria que:
''_ Eu beijei uma garota e gostei disso...
nós garotas somos tão mágicas, temos lábios com sabor de cereja..."

 Se eu pudesse escrever uma dessas histórias...

 Espera, eu posso, e vou,
porque não somos de outro mundo - talvez sejamos sim -,
porém não vou me prender ao que os outros pensam.

 Não podemos deixar que nos levem,
não! Isso é mau!

 Estou aprendendo a me calar diante
de tudo o que acontece,
encontrei algo que realmente me acalma,
escrevo para você, mesmo
sabendo que você possivelmente não receberá,
mas se receber, quero que saiba ao menos,
que eu pegaria uma granada prestes a
explodir por você,
e que não é apenas
a única opção, mas é
a minha única exceção!


                                           Ingrid Nogueira                        

Tão única e tão comum (extremista)

 Sua voz é como um milhão de outras
reunidas unicamente na sua.
 Suas palavras são como munições e
sua boca como uma arma.

 Seu olhar é como uma espada que
sabe bem dividir meu ser.

 Você é tão extremista, tão indecisa!
 Você é tão doce, tão amarga!
 Você é tão única e tão comum!
 Você é sozinha como qualquer 1.

 Seu sorriso largo já não me engana,
seu falar me mata,
seu pai é tão sacana, vá antes que seu marido
te acha!

 Ficou tão comum adulterar,
ficou tão nico amar,
ser fiel, agora é careta
adulterar antes era possessão do capeta.

 Mas já me acostumei em ser usado,
já me acostumei a me sentir rejeitado.
 Entendo que sou substituto,
mas não sei se substituído.

 Tão comum como ser infame,
tão único como aquele vexame.

 Você ficou tão estúpida, tão astuta!
 Você foi quem me amou tão intensamente, tão sobriamente!
 Você foi o último biscoito do pacote!
 Você foi a pecadora e eu o sacerdote!

 Nessas nossas manias, a fantasia nos tomou,
nos levou, nús, ao extremo, nos sufocou.

 Tão comum é viver loucamente,(com você!)
 Tão comum como amar intensamente,(amar você!)
 Tão comum e aceitável é estarmos juntos,(eu e você!)
 Tão comum como eles estão,
 Tão comum é hoje o que antes era diferente,
 Tão comum como o ocidente.

 Tão único se apaixonar, é viver a fantasia,
tão única é a forma com que me ama,
tão única é a forma com que geme em meus braços,
tão única é a maneira de nos amarmos,
tão única é a maneira de nos olharmos e nos beijarmos,
tão única é a maneira de nos tocarmos...
 É a nossa cumplicidade,
ela nos tornou fortes, enfrentamos pré-conceitos,
e hoje vivemos de uma forma
 Tão única e tão comum!

 Que já não tem mais graça fazer escondidinho no
"nosso cantinho".

 Por isso, com lágrimas nos olhos digo:
 _Já não existe nós!

 Não tem mais graça,
não vivemos fugido.

 Cadê aquela adrenalina?
 Cadê a adrenalina?
 Não quero voltar a viver uma monotonia.
 Eu quero minha adrenalina!

 De manhã,
de tarde e à noite,
o que me mantinha,
era a adrenalina.
 Droga viciante, droga que não pode ser
droga ilícita, se nasce comigo,
se morre comigo, ela me deixa assim,
 Extremista!

                                       Théo.                                  

Para que não te arrependas

 Querias saber coisas novas sobre mim,
então ouça atenta:
 _ A falta que fazes em mim,
já não dói mais;
já não é tão grande.

 Foi pela obrigação da distância
que me acostumei...
 Por ter que ser forte
que já não te aparento fragilidade.

 Chamava-te musa,
e agora mostras-te-me tão puco amor,
que sufoquei-te em mim.
 Não me interessa como passas,
não me interessa o quanto, agora, amas.
 Porque a sua nova história vai ter
um fim certeiro, como a nossa.

 O que me interessa, é que
ao menos dessa vez,
ame intensamente, para que não te arrependas,
faça o que te vier à cabeça,
para que não tenhas o que lamentar.


                             Théo.                              
 As minhas mãos suam agora,
ao saber que já não me queres
o simples contato.

 Minha mente já quase teve um colapso
por saber que me arrancaste tão
bruscamente da sua vida.

 Já não quero
esconder mais o que sinto.

 Mas eu aprendi.
 Se era mesmo como dizias,
um dia voltarás ainda melhor.

 E volta, pois já sabes os
caminhos, contatos e meios.

 Com já dizia a poeta favorita:
''_Deixo estar que o que for pra ser, vigora..."

                                                              Théo.                        

Paris

 Que é que querias fazer comigo?
 Me fizestes provar muitas coisas
das quais alimentavas curiosidade e medo;
mostras-te-me o mundo lindo,
de uma forma sem igual;
me deixou me aproximar e me apaixonar,
escreves-te-me poemas, dedicas-te-me músicas,
revolucionaste o amor em mim.


 Me fez calar, me beijou,
e depois ficou diferente...
parecias distante.

 Foi então que percebi o
não seres para mim.

 Foi aí, quando esqueci,
depois de muito chorar,
que descobriste me amar.

 Quando desisti de olhar para os céus
e esperar que brilhasses diferente,
como antes brilhavas só para mim.

 Percebi que não eras Lua,
e nem estrela,
foi quando olhei na fonte,
em Paris, e lá estavas.
 Uma moeda, de libras esterlinas,
que um estranho havia jogado,
trocando-te por um desejo.

 Já não és a única, nem
tão divina para mim.

 Quando acordei, haviam passado-se
dias, que fiquei a te esperar,
a vida continuou lá fora e eu parado
ali...

 Estrela-cadente que fostes,
já não brilhas mais.

 Loucura, resume aqueles
momentos, só meus.

 Não nossos,
pois estive ali, com você,
e estiveste vaga de alma,
em outro lugar,
ainda do meu lado.


                                                Théo.                        
 Deixa escondido,
bem lá no escuro...
 Mas acho que ao contrário de você,
eu cansei de me esconder nas sombras.

 Derrubei o telhado que me cobria,
expus-me à luz da Lua, minha alva amante,
sua luz é que me cobre e aquece,
as estrelas são meus anjos que cintilam.

 Minha pele morena pelo contato nas
carícias de amor, pelos toques delicados
dos raios de Sol.

 Meu riso é um refletor da luz interna,
as lentes do meu óculos
são a tela dessa obra de arte em que se tornou, para mim, a vida.

Agora conheço-me a mim próprio
com clareza.

 Descobri um fascínio que antes me era oculto,
sempre houve em mim grande adoração pela Lua,
deusa atraente, musa de todos os olhares,
perpetuadora testemunha de todos os amores.

 E logo ela,
fica solitária há tantos milênios,
a verdadeira dona de todas as loas,
dama única do negro baile
envolvente à que se dá o nome noite.

 Ela,
o centro de todas as atenções,
inspiração de numerosas paixões.

 A Lua branca,
símbolo de meus encantos,
ela, que me iludiu, e agora
me deixou no centro desse palco,
iluminado pelos olhos seus,
escondido pelo mistério,
chorando, entregue, frágil
nos braços de quem não me deixa mais sorrir.


                                                   Théo.