segunda-feira, 10 de novembro de 2014

 Deixa escondido,
bem lá no escuro...
 Mas acho que ao contrário de você,
eu cansei de me esconder nas sombras.

 Derrubei o telhado que me cobria,
expus-me à luz da Lua, minha alva amante,
sua luz é que me cobre e aquece,
as estrelas são meus anjos que cintilam.

 Minha pele morena pelo contato nas
carícias de amor, pelos toques delicados
dos raios de Sol.

 Meu riso é um refletor da luz interna,
as lentes do meu óculos
são a tela dessa obra de arte em que se tornou, para mim, a vida.

Agora conheço-me a mim próprio
com clareza.

 Descobri um fascínio que antes me era oculto,
sempre houve em mim grande adoração pela Lua,
deusa atraente, musa de todos os olhares,
perpetuadora testemunha de todos os amores.

 E logo ela,
fica solitária há tantos milênios,
a verdadeira dona de todas as loas,
dama única do negro baile
envolvente à que se dá o nome noite.

 Ela,
o centro de todas as atenções,
inspiração de numerosas paixões.

 A Lua branca,
símbolo de meus encantos,
ela, que me iludiu, e agora
me deixou no centro desse palco,
iluminado pelos olhos seus,
escondido pelo mistério,
chorando, entregue, frágil
nos braços de quem não me deixa mais sorrir.


                                                   Théo.                                            

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