quinta-feira, 6 de novembro de 2014

 Meu coração disparou,
quase que do peito saltou.
 Foi só de tanto esperar,
e eu passei o tempo a pensar
o que podia falar,
se era sensato ou não,
me entregar de cara à paixão.
 Seu dedilhar no POP ouvir.
 Vi seu lindo olhar o céu.

Senti seu Swing na roda da
bossa, na beira da praia,
ao som de Caetano e Gadú,
encheu o meu céu de areia,
pôs estrelas e a Lua no mar,
o meu mundo de ponta-cabeça,
de medo adocicou meu pavor.

 Não perdi tempo procurando
rimas para tudo ter sentido.
 Porque depois que entrou na minha mente,
nada mais tinha sentido se não envolvesse você.
 Não que houvesse antes,
só haviam alguns poucos motivos para tudo.

 E enquanto de madrugada eu
escrevia tive a certeza de que te encontraria.
 Foi na época em de poeta
eu podia brincar.

 Quero acordar de manhã e sentir seu cheiro,
poder te abraçar, dizer coisas lindas,
te ouvir dizer que faço tudo errado sempre.
 Juro que que não queria que fosse tão complicado,
pensava que ainda assim tentaria não me iludir,
nem encher você com isso,
por isso vou parar de escrever
(está sendo angustiante pra mim)
e não irei mais te aportunar.

 Só quero dizer agora...
esquece!

 Você só precisa saber que
algum dia eu te amei de verdade.

                                          Théo.                                        

Depois de tanto tempo

 Eu escrevi na página errada,
só pra ver como eu me saía,
ao som do silêncio do nada,
pra você eu fiz essa melodia,
com tom de fantasia.

 Tentei me deixei ser guiada
pelas palavras.
 Se ficou tão mal,
me desculpe por fazer esperar,
acho que foi a emoção de depois
de tanto tempo te ver, e falar
com você.
 Sei que cansou de me ouvir falar,
agora então me diga
o que achou depois
de todo o tempo que esperou
pra ouvir o que já sabia.

Indiferente

 Eu odeio você!
 Eu te odeio por nunca estar por perto quando preciso.
 Eu te odeio apenas por esporte.
 Eu odeio só por odiar mesmo.

  Te odeio por me fazer te amar!
  Eu odeio você por me fazer indiferente,
não importando o quanto te odeie.
  Eu odeio o jeito com que fala.

   Eu odeio o jeito com que me olha,
odeio você por me fazer não conseguir não te reparar.
   Eu odeio o seu jeito de sorrir,
odeio o jeito com que toca o violão e me olha e
me faz enlouquecer.
   Eu odeio sua voz, por não poder ignorá-la.
   Odeio sua pele, por não poder apenas odiá-la.
   Odeio o jeito com que me toca, intoxicando todas as minhas células de você.
   Choro por não conseguir te odiar,
acima de tudo por
simplesmente não querer te odiar.

    E tudo isso é só uma forma de eu dizer 
cada coisa em você que me faz te reparar sempre mais.

     Porque o ódio é apenas o complemento de amar.



                                          Ingrid Nogueira.