Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
domingo, 8 de março de 2015
É assim, mesmo que pensemos que não.
Quando pareço ser absurdamente doce,
estou docemente louca.
Você me deixa louca
com esse seu jeito de me olhar.
É! Você mesma!
Seus olhos transparecem todos
os desejos que tens com relação
ao meu corpo.
Me enlouqueço com a translucidez.
Olhe no fundo dos meus olhos
e assuma, sem palavras,
toda essa vontade de ter-me.
E então tenha-me.
Acaricie-me com a doçura
de todos os seus gestos.
Morena, esse seu jeito particular
marca todos os meus sonhos
e todas as minhas ilusões.
Flora.
Sumiu da minha vida por
escolha própria e parece
que vai ser fácil
manter-se distante daqui.
Tudo bem,
Que seja então!
Estarei aqui,
como sempre estive,
à sua disposição.
Só não à disposição
dos seus caprichos.
O único direito
que não tens mais,
é o de querer-me provar amor.
Não tens mais o direito
de me fazer sofrer,
de me levar à uma nova desilusão.
Helena d'Fleur.
Por ter que me esconder,
fui obrigada a mentir,
e por isso me senti mal.
Mundo cruel, que não sabe
respeitar as diferenças,
que obriga a todos
um padrão louco.
Já ouvi dizer que a forma
de vida que escolhi levar,
que decidi seguir, era errada,
era "fora dos padrões",
era medíocre e acima de tudo,
era escandalizante.
E eu tentei me adaptar,
não nego.
Mas o padrão nunca foi o meu normal.
Mas o padrão que esse
mundo cruel os impõe,
sem saber respeitar as diferenças,
não combinou com minha forma de amar,
escondia a beleza do meu colar.
Vesti novamente meu turbante
e fui para o mar,
depois de sentir as ondas batendo na canela,
depois da liberdade,
pude finalmente cantar!
Flora.
Me embebedei com chá de maçã.
Essa não era a fruta do pecado?!
Pois essa é a verdade,
me embebedei sem uma gota de álcool,
não acredita?
Tente ser chutado como eu fui.
Até a água seria desculpa para
a sua embriaguez,
para o seu porre mental.
Você não vai precisar dormir antes de
começarem os sintomas da ressaca.
Tudo, dentro e fora da sua cabeça
vai começar a girar,
a sensação de carregar
uma bola de basquete
no lugar da cabeça,
e nada estará no lugar.
Será como se virasse uma
criatura noturna,
e qualquer feixe de luz
irá incomodar.
Se não acredita,
eu tenho uma droga que
resolve a longo prazo,
um bom romance,
seguido de um espetacular término,
depois só a solidão com
chá de maçã sem açúcar,
como sua vida aí já será.
Tato Abreu.
Escrevia-te no escuro,
para que ninguém me
pudesse ter acesso.
Escrevia-te na minha cama,
e todos viam-me
prazerosamente a sonhar.
Escrevia-te canções
e na minha pauta
a tinta se descoloria.
Escrevia-te e era
docemente aceito...
Foi quando o Sol
se animou,
tocou minha pele
e tudo se acabou,
Acordei.
Flora.
Já estou enlouquecendo
de verdade com essa sua
maneira de mostrar o quanto
não se importa, quando a
verdade é que muito se importa.
A verdade é que tentas ler
o que te escrevo, e quando percebo,
finges que não.
Acabou de chegar na minha vida
e já queres ir embora,
desejas fugir e é por puro
medo de se envolver.
Flora.
Eu ainda não me decidi
sobre todas aquelas palavras.
Não fui eu quem disse que estava perdendo o
sentido, esquecendo os porquês.
Tudo o que fiz foi cumprir um desejo seu.
Me lembro daquelas palavras na madrugada,
no frio, sob a seda dos lençóis.
Eu até pensei em lhe telefonar,
eu juro que eu quis,
mas não sei bem se por orgulho
ou altruísmo,
me lembrei daquela noite,
e todas aquelas palavras.
Lembrei também da agressão,
estranhamente sexy,
com que proferia cada uma delas,
com que me olhava.
É impossível esquecer também o
ardor e todo o desejo que senti
intensamente por aquele seu olhar.
Anjo, perdona-me as faltas,
e esqueça-me os excessos.
Esqueça-me, aliás, tudo!
Perca-me em meio à seu mundo,
mas tenha-me ainda em ti,
guarda-me apenas o rosto e
sinta-me ainda,
meus beijos, cheiro e gosto.
Que falhe-te o humor,
mas que permaneça-te o amor.
Helena d'Fleur.
sobre todas aquelas palavras.
Não fui eu quem disse que estava perdendo o
sentido, esquecendo os porquês.
Tudo o que fiz foi cumprir um desejo seu.
Me lembro daquelas palavras na madrugada,
no frio, sob a seda dos lençóis.
Eu até pensei em lhe telefonar,
eu juro que eu quis,
mas não sei bem se por orgulho
ou altruísmo,
me lembrei daquela noite,
e todas aquelas palavras.
Lembrei também da agressão,
estranhamente sexy,
com que proferia cada uma delas,
com que me olhava.
É impossível esquecer também o
ardor e todo o desejo que senti
intensamente por aquele seu olhar.
Anjo, perdona-me as faltas,
e esqueça-me os excessos.
Esqueça-me, aliás, tudo!
Perca-me em meio à seu mundo,
mas tenha-me ainda em ti,
guarda-me apenas o rosto e
sinta-me ainda,
meus beijos, cheiro e gosto.
Que falhe-te o humor,
mas que permaneça-te o amor.
Helena d'Fleur.
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