quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Since Ever

 Ontem, nos falamos, e a palavra mais
sábia que poderia escolher,
a mais bela de todas as que usei,
foi o silêncio.

 Sem me arrepender de nada do que eu te disse,
arrependo-me de não preservar 
meu precioso silêncio.

 Uma tinta diferente colore as palavras
que escrevo agora.

 Depois de ler todas aquelas palavras suas ontem,
acordei hoje sozinho novamente.

 Nenhuma das nossas palavras mudou nada,
o mundo não mudou, para mim, em nada,
apesar de tantas mudanças constantes,
é como se eu tivesse parado no tempo.

 Estou tão confuso...

 Morfeu parece me seduzir e
rir de tanta fragilidade.
 Afrodite parece inventar mais brincadeiras de amor,
e usa me coração como cobaia... mas
_ Ei! Afrodite, não tem graça não!

 Até agora, não me preocupava em ser todo
tão certo, nem sedutor.
 Eu era feliz em saber que era desejado
somente por se o que era desde sempre...

 Era eu, mas de mim, nada;
era homem, mas não sentia nada.
 Agora sei que sou Cravo,
sei que de tudo, sou cor,
sou flor, sou sua dor.

 Agora, quem guarda e coleciona
corações em prateleiras, sou eu.



                                          Théo.                                      

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