terça-feira, 3 de março de 2015

Agora é por mim...


 Você está na parte mais baixa da minha lista,
que é pra eu não ficar espiando...
 Me voltou precisando de apoio,
e eu, como tolo, me deixei iludir...
 Aquela dose da vacina, lembra?!
 A que estava atrasada?!
 Pois é!
 Esqueci de tomar...
 Ou talvez tenha sido proposital também...
 Pelo fato de ser contra você.

 A verdade é que eu não sei
se eu realmente amo você,
ou se me apeguei às nossas lembranças,
se gosto da sensação que a lembrança me traz.

 Não posso continuar com isso,
me desculpe...
 Pensei que saberia separar,
que eu era forte o bastante,
mas não deu...

 Eu quis te ver melhor,
e juro se for preciso.
 Mas já estava reiniciando
o jogo com o meu coração
e eu não aguentaria...

 Tive que ir-me,
sem olhar pra trás,
porque se olhasse
voltaria com certeza,
e não a teria novamente,
digo, a coragem de te deixar.

 Eu sei que não lia
as minhas mensagens
por que não queria responder,
por que, talvez voltasse a ficar no seu pé,
mas não vou mais...
e talvez você sinta uma falta...
falta de um alguém que faça isso...

 Eu não vou estar lá...
 Jurei uma vez
que não daria meu braço à torcer,
e descumpri a promessa,
mas existem erros que não se repetem.


              Théo.                      

7 comentários :

  1. É... Acho q já se tem um final de livro .... O final de uma história tbm.

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  2. Faz sentido mesmo...
    Talvez seja o cosmos conspirando contra ou mesmo a favor dessa história, talvez não hajam formas melhores ou mais bonitas de findar uma relação tão conturbada e ao mesmo tempo singela...

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  3. "Tudo tem começo e meio, o fim só existe pra quem não percebe o recomeço".
    Luiz Gasparetto
    Realmente, não há forma mais bonita de se findar uma relação.
    Que muitas outras formas de nos relacionarmos chegue como um abraço apertado, como foi esta... Intensa.

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  4. Calma que ainda não tem nada escrito na capa desse livro... Tem alguma sugestão?! Porque estou aceitando... De verdade.

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  5. Não quero nada de lápides...
    Nada de terra por cima,
    Nem de cimento pra tapar...

    Nada de morte natural,
    Nenhuma biópsia,
    Nada mais que me dê certezas
    Além das que eu carrego.

    Que elas me sejam suficientes.
    Então tá decidido!
    Livro sem nome...

    Nada de inscrições na capa.

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  6. Capa poética... Pq não um título em três estrofes?

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  7. Muito bom!
    Amei a ideia!
    Obrigado mesmo!
    ;-*

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