Foram coisas as quais eu muito me exigi,
mas ainda não consegui alcançar,
são coisas as quais meu coração não sabe calar,
ele não se aquieta.
Como o artista à sua criação,
eu me declino à esse amor que me tira a vida,
e me mata um pouco a cada instante.
E agora soletro o que sinto,
sem nem ao menos conferir na tela
a falta de maestria da minha escrita.
E o que sairia provavelmente
à letras trêmulas e corridas,
sai com erros caligráficos,
palavra que talvez nem exista.
E espero, simultaneamente,
uma resposta sua
sobre o que eu descrevi.
São coisas-medo,
são dores que aprazem
o meu coração masoquista.
E qualquer vibração
faz aumentar o palpitar
do meu coração,
e faz nascer uma esperança...
Agora que eu não tenho mais um coração,
esmurro o tambor,
esmurro as paredes e portas,
os vizinhos não me reconhecem...
O surto de dentro me fez
doer pra todo mundo ver.
E não viu quem não quis...
As coisas de você me fizeram surtar....
Ingrid Nogueira.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
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