segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sina


 Assombração de pensamentos,
de olhos tatuados nas almas,
de palavras que enganam...

 Ladra de amores, de tempo,
de dedicação, de crença...

 Suas mentiras se entrelaçam,
e num laço amassam...
amassam corações e peles nus...

 Da roupa da alma,
que roubas ao despertar 
desejos pagãos...

 O sorriso moreno avassalador 
que carregas e defere contra 
as pobres almas carentes 
ainda me arranca todo o ar dos pulmões...

 Mesmo havendo se passado tanto tempo,
seu veneno me corrói.

 E o pior é que não há antídoto,
e se há, não me importo em procurá-lo...

 Esse mal que me causa,
é um mal que me faz bem,
me faz vivo, me faz doer
e me faz carinho...

 Ah! se você soubesse o que eu sinto...
se você soubesse o que o mundo sabe...
o que tudo dentro de mim já viveu com você...

 Jamais vais saber minha pequena...
pequena musa, pequena flor,
pequena morena, pequena estrela...
minha luz de longe...

 A outra parte, que me mata de saudade,
de vontade, de negação, 
de amor, e de não...

 Do jardim, a flor mais bela,
mais simples, mais perfumada...
mais delicada e feroz,
e venenosa, e traiçoeira...

 A mulher da minha vida,
da minha morte,
da mentira em que se tornou minha vida.

 A inspiração de todos os cortes
e falhas da alma,
cicatrizes nos pulsos,
das fitas negras na lembrança,
da censura na mente...

 Eu continuo te desejando coisas boas,
pedindo por você no meio da madrugada,
e te deixando saber,
e sendo insistente com Jah, pra ele te guardar,
abrindo mão da minha segurança,
e mandando meu anjo da guarda te proteger...

  E mesmo que você não saiba,
que ignore, e que não acredite...

 Jah, meu pai, me garantiu sua felicidade anjo,
e não me permito contar a troco de quê.

 Mas será que vai demorar outros cinco anos?!

 Será que você teria tempo?!


                                     Théo.                                  26-27/04/2015

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