segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sobre a briga de ontem à noite


 Nós brigamos e eu fui até
o lugar mais quieto do nosso castelo,
fui ficar calado, sozinho.

 Fui até lá, rever-nos,
naqueles dias felizes do início,
e descobri que era você
quem tinha a razão desde lá,
desde aqui, há tempos.

 Eu vivo em uma eterna contradição,
é verdade e só o que não
se contradiz é esse sentimento que,
tolo que sou, tentei por tanto tempo,
esconder de mim mesmo.

 Sentado aqui na janela do nosso
altíssimo forte, no nosso porto-seguro,
não escrevo em folha pautada,
pois como em nossa vida,
fazemos nossas regras,
marcamos nossos próprios limites
para depois os quebrarmos,
não nos limitamos aos sins e nãos
que encontramos pelo caminho.

 E agora volto, furtado por mim,
mergulhado em tão intensa hipnose,
em um turbilhão de BPS só por lembrar nós dois.


                                            Tato.

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