Eu amo a mulher que
carrega um novo sistema planetário,
ela o traz no peito,
mais especificamente nas suas pontas,
e fica escondido,
só se mostra pra mim,
quando eu a toco.
Ela é como a mãe de tudo,
e guarda suas melhores partes
para quem ama.
Ainda não entendo como ela
pôde me permitir chegar
tão longe, e tão fundo...
E pensei que os meus olhos
não mais veriam tanto amor,
que nada fosse mais ter cor,
e não entenderia tanta beleza.
Mas ela ressignificou a vida,
eu contemplo seus olhos,
e os aromas que ela exala,
são os incensos acesos do meu templo.
No desenho do suor que
escorre da sua pele,
me mostra os seus caminhos.
Ela é misteriosa e tem
caminhos extensos, complexos,
e pensa não se abrir o suficiente,
ela é o meu pássaro dançante,
seus olhos castanhos me abrem verdades,
das quais ela ás vezes
diz não querer contar.
Se ela não fala comigo,
os ventos não cantam,
a chuva não cintila
e nada mais tem gosto.
Há dor no meu peito quando
ela não me olha nos olhos.
É a menina pura que
me fez enrubescer,
e enlouquecer...
A minha menina,
é ela, a pequena,
a quem eu dedico tanto amor.
A minha mulher cheira
a canela e mel.
Ela faz o céu perder toda
a majestade quando
me olha nos olhos,
e sem uma palavra sequer,
me faz entender o que ela quer.
Eu amo você minha menina,
muito e pra sempre.
Ingrid Nogueira.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
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