quinta-feira, 20 de julho de 2017

Eu amo a mulher que
carrega um novo sistema planetário,
ela o traz no peito,
mais especificamente nas suas pontas,
e fica escondido,
só se mostra pra mim,
quando eu a toco.

Ela é como a mãe de tudo,
e guarda suas melhores partes
para quem ama.

Ainda não entendo como ela
pôde me permitir chegar
tão longe, e tão fundo...

E pensei que os meus olhos
não mais veriam tanto amor,
que nada fosse mais ter cor,
e não entenderia tanta beleza.

Mas ela ressignificou a vida,
eu contemplo seus olhos,
e os aromas que ela exala,
são os incensos acesos do meu templo.

No desenho do suor que
escorre da sua pele,
me mostra os seus caminhos.

Ela é misteriosa e tem
caminhos extensos, complexos,
e pensa não se abrir o suficiente,
ela é o meu pássaro dançante,
seus olhos castanhos me abrem verdades,
das quais ela ás vezes
diz não querer contar.

Se ela não fala comigo,
os ventos não cantam,
a chuva não cintila
e nada mais tem gosto.

Há dor no meu peito quando
ela não me olha nos olhos.

É a menina pura que
me fez enrubescer,
e enlouquecer...

A minha menina,
é ela, a pequena,
a quem eu dedico tanto amor.

A minha mulher cheira
a canela e mel.
Ela faz o céu perder toda
a majestade quando
me olha nos olhos,
e sem uma palavra sequer,
me faz entender o que ela quer.

Eu amo você minha menina,
muito e pra sempre.

              Ingrid Nogueira.

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