A noite é dura
E parece que nunca passa
A insônia machuca os olhos
E ela corta força
O esgotamento dói
E chega a parecer não ter fim.
O final da insônia
Chega no meio da noite
E vai se despedir
Quando o Sol quer acordar
A coluna dói
As pálpebras ardem
Como areia fina
Afunilando
Dentro da ampulheta
E se esfregando no vidro
Friccionando grão a grão.
Me dói ver a melhor noite
Deitada ao meu lado
Todos os dias
E me preocupar com a noite
Que está posta.
A escrita grita,
Um caderno novo,
Esta noite a mão tem leveza
O sentimento ruge
Feroz
Mas as palavras
As metáforas,
Essas disparam nos pensamentos
E travam na ponta da caneta
A tinta fria,
Mas decidi não parar.
Ingrid Nogueira.
11_04_2021
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