quinta-feira, 8 de abril de 2021

Pena pra voar
E pra sentir.

E eu não  sinto.

A mão foi aberta
E eu fui embora
Penas são pra voar
Bati as asas 
E fui embora
Pra casa
Que não existe
Que não fica
E que não pára.

Fui pra casa que me fiz
Pra casa que nunca se fecha
Fui voar para a liberdade
Para a casa de portas
E janelas
Abertas
Para a casa que não prende
Mas abriga
Para a casa de ficar 
E de partir
Para a casa de abraçar 
E de deixar ir.

Para a morada de mim.

Que parte e me segue,
Para todos os momentos 
Cheia de inícios e fins,
Cheia de chegadas,
Permanências e partidas.

Cheia de sentimentos,
De silêncios e de calmarias.

              Ingrid Nogueira. 
08_04_2021 

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