quarta-feira, 11 de junho de 2014

 Dois extremos de mim discutem sem parar,
é uma guerra sem tréguas nem fim.

 Esses dois seres não têm piedade de mim,
eles querem que tudo seja para eles,
e não se preocupam com o que eu,
como um todo, pretendo.

 A guerra que tenho travada aqui
não tem limites de qual lugar ocupar ou destruir,
ela começa sempre com discussões na minha cabeça,
sobre ser certo ou errado,
caminha pelos meus olhos, boca, garganta...
até chegar ao peito, onde me confundo mais.

 É a parte que me deixa atordoado,
pois se misturam razão e emoção - não os dois seres,
mas tais sentimentos que neles habitam.

 Apesar de estarem em mim,
são extremamente diferentes,
enquanto um é ousado, forte e autoconfiante
o outro se opõe tendo medo, sendo fraco e dependente.

 Um deles me encoraja a viver e
o outro me lembra dos riscos
e das pessoas que posso magoar.

 Eu tenho dois extremos em mi,
que discutem entre si.

 Me cansei de ser manipulado,
decidi então ir contra o Poder!
 E não digo de algum dos Poderes que regem o Estado,
mas o que exercem em mim,
o Poder dos que me manipulam,
dos que me controlam,
dos que discutem dentro de mim.

 Decidi deixar fluir,
deixar que seja e que deixe de ser,
no fluxo correto do Universo.

 Só quero poder viver em paz,
sem me preocupar com os de-fora
e menos ainda com os de-dentro de mim,
que por enquanto os tenho:

 Dois extremos em mim que discutem sem para,
é uma guerra sem tréguas nem fim...

                                                      Théo.
                                                                                 

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