domingo, 10 de abril de 2016

Das coisas mínimas...

Saber da risada
Só pra sentir falta...
Entender o mistério
Só pra se intrigar...
Beijar a risada
Só pra não parar...

É que me ligo tanto
Nas coisas pequenas,
Reparo no que
Não se precisa dizer...
Os sinais que me fazem prender,
Que são "simples",
Que talvez faça com que os outros percam a graça...
Até o jeito como ignora a minha presença,
Charme negado,
O aperto na nuca,
Mesmo que estivesse de burca,
Que os olhos não taparia,
E me faria afogar no negro
Do mistério,
Na profunda e penetrante inconclusão...
Fico inquieta com
Seu fatos bobos,
Com suas manias simples,
E seu irritantemente igual...
Me chama a atenção a risada e até mesmo a concentração...
A falta de graça quando descanso os olhos em você...
O problema é que me ligo fácil...
E você vai embora,
Como todos sempre vão.
Vai descobrir que eu era legal e engraçada no começo,
Mas que não sou lá tão especial...
E quando meter o pé pelo mundo,
Vou estar aqui,
Mais uma vez,
Lembrando das irritâncias,
Das manias,
Dos simples,
E dos mistérios,
Mais essa vez  ficarei...

Sofro de gostar-de-estranhezas...
De minimalidades...
De souvenirs pessoais...
É que brinquei de destrinchar...
Gostei do que achei.
Me perdi no ficar.

 Ingrid Nogueira.

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