domingo, 10 de abril de 2016

Pára

Pára de só aparecer quando te convém,  Pára de voltar pra massagear o ego,
 Vê se esquece de uma vez, e logo,
que eu ainda existo.
 Deixe outras pessoas chegarem perto,
 Se mostre, talvez o seu monstro interior simpatize com os delas...
 Me deixa de uma vez quieta aqui,
 Esse canto é quente,
 Já guarda minhas marcas,
 Eu pixei,
 Pra ser vândala
 Eu pixei pra sentir a liberdade,
 Fui eu que pixei,
 Pra mostrar que eu posso fazer coisas que não agridem, mas os outros rotulam como "fora do normal"
E como quem tatua a pele a vê sangrar,
 Eu te tatuei em mim,
 E agora só,
 sou eu quem me vê definhar...
 Meu coração não é criança,
E já aprendeu a lidar com a sua falta,  Com a sua ausência decidida.
 Eu ainda sou moleque,
Apesar da barba e das contas pra pagar... Só por favor, PÁRA!!!
Pára de assombrar meus sonhos,
 Me deixa descansar...!
  Você não é mais o fardo
 Que eu achei bonitinho e quis levar... Mas sempre se deixa na minha porta, dentro de uma cesta e pede pra voltar... Só não se deixa mais aqui.
Que eu não vou mais aceitar...

  Ingrid Nogueira.

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