Nada anda funcionando,
eu ando em estado não sóbrio,
mas também não ébrio.
Minha ressaca anda doendo,
anda sendo do cansaço,
do trabalho, da leitura,
da falta de tempo,
e do excesso de pensar.
A ressaca anda vindo
de dentro de mim,
sem precisar colocar
química nenhuma,
não há descanso,
eu ando não produzindo.
E ando angustiada,
fria, ferida.
Meus becos andam molhados,
chuva artificial,
meus mares andam secos,
solos rachados.
Nada tem sido
verdadeiramente fértil,
nem a mente.
Eu ando me apaixonando,
e é platônico,
eu não devia me apaixonar,
ela me avisou do risco,
mas não havia nada mais a fazer,
a não ser o me afastar,
ou o fingir.
Escolhi o mais difícil,
porque eu não me deixaria
voltar ao ponto onde
você não me via.
Então decidi morrer
a dor,
mesmo que profunda,
ainda foi mais curta.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
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