sexta-feira, 19 de setembro de 2014

E agora, o que é que eu faço flor?
Prometi à ela que dos meus ofícios
ela teria o mais lindo.
E quando disse aquilo estava mergulhado,
embebido inteiro por seu feitiço,
o coração batia forte, quase saía do peito.

Queria entregar à ela, mais linda poesia
uma carta que conteria tanto amor
que a faria ter picos de orgasmos tão reais,
tão prazerosos que me ligaria e faria que com
segundos eu chegasse em sua casa.

Depois quis traduzir tudo em vários
idiomas, e escrever em uma imensa cortina
de origamis coloridos, quase vivos...

Tentei, mas não pude traduzir em algo que
ela pudesse guardar, ou jogar no lixo
um dia, quando, por ventura, estivéssemos
chateados, depois de nos ferir.

Dediquei então, minha arte inteira
à ela, entreguei os pontos,
e agora vivo sonhando, vivo um amor intenso
e novo a cada dia.

Por ter demorado à me declarar,
e agora ter a mais pura certeza de que
é ela quem eu quero ao meu lado,
durante todo o caminho que me resta,
que me reste com ela.

Por tê-la feito esperar, e
por ela ter me esperado tanto...

Não saberia traduzir-nos juntos,
com todas as palavras,
tampouco com apenas uma...
Não poderiam todos os pássaros em origami
e nem mesmo os reais,
trazer-nos um para o outro
como o nosso sentimento - que não sabemos
chamá-lo tendo consciência de que não é o amor, pelo menos não esse que faz sofrer,
não é esse que todos descrevem,
pois não o podemos descrever - mesmo
que estejamos a milhares de milhas distantes fisicamente.

E para ela, quando lê-lo,
Com Batimentos Acelerados.
À ela... Flor de Luz.



               Théo.                  

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