domingo, 2 de novembro de 2014

 Quase me arrebenta a alma,
toda essa sua agonia que tento prender.

 Havíamos nos decidido tempos atrás,
mas voltamos a sonhar,
voltaram a nos ocorrer lembranças
de dias loucos, mas de loucuras boas.

 Quase me fugiu do lábio um sorriso,
e tudo o que ainda tenho pra falar.

 Havia-me um grito entalado na
garganta, uma voz estridente
guardada no peito.

 Eu até tentei deixar que fluísse,
juro que tentei, mas era muito mais
forte que eu, era tudo bruto.

 Era maior, era mais forte...
esse a quem eu descrevo, é um mundo bruto,
que me tapava a boca,
e me dizia que não,  enquanto em
pensamentos eu perguntava o que eu
fiz e lhe pedia para abrir-me a mão.

 O meu monstro é o mundo,
mas dele já não tenho medo.

 Dentro dele vivo, de dentro dele
o destruirei.
 Me roubou, horas dantes o pranto
mas flui de mim agora a ousadia.


                   Théo.            

Nenhum comentário :

Postar um comentário