Quase me arrebenta a alma,
toda essa sua agonia que tento prender.
Havíamos nos decidido tempos atrás,
mas voltamos a sonhar,
voltaram a nos ocorrer lembranças
de dias loucos, mas de loucuras boas.
Quase me fugiu do lábio um sorriso,
e tudo o que ainda tenho pra falar.
Havia-me um grito entalado na
garganta, uma voz estridente
guardada no peito.
Eu até tentei deixar que fluísse,
juro que tentei, mas era muito mais
forte que eu, era tudo bruto.
Era maior, era mais forte...
esse a quem eu descrevo, é um mundo bruto,
que me tapava a boca,
e me dizia que não, enquanto em
pensamentos eu perguntava o que eu
fiz e lhe pedia para abrir-me a mão.
O meu monstro é o mundo,
mas dele já não tenho medo.
Dentro dele vivo, de dentro dele
o destruirei.
Me roubou, horas dantes o pranto
mas flui de mim agora a ousadia.
Théo.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
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