domingo, 2 de novembro de 2014

Agitação

 Ela achou estranho,
tudo ficou calmo de repente,
agora tudo estava quieto,
e não havia explicação.

 Não haviam viajado,
nem saído,  nem se mudado,
nenhum deles.

 Foi ela quem os calou
e não tinha tomado consciência
sobre tal fato,
não ainda.

 E como Penélope de Ulisses,
tinha agora a atenção,
o poder sobre todos eles.

 Como Penélope ainda,
estava a espera dele,
que ainda não tomara ali seu lugar.

 Era ele diferente de tudo,
Penélope esperava seu Ulisses
a quem já conhecia,
mas ela aguardava algo em que acreditava.

 Não um alguém,
mas o sentimento que lhe
desembaralharia o pensamento.

 Amor era como o chamavam.
 Pela sua ingenuidade,
por tal inocência de tão pouca idade
e puros pensamentos,
ainda não experimentara o
que é o amor.

 E com ele sonhava por
todas as noites.

 Acreditava em palavras
enganosas de donzelas antes
dela já apaixonadas.

 Pouco conhecia ela sobre
a outra face do amor,
sobre a face de quem sofre,
de quem ruiu por amor.

 Quando finalmente ele chegou,
foi apontando e praguejando pelos outros,
foi por ela acreditado.

 Depois de se instalar,
troxe como uma ventania o caos,
e finalmente certo momento que
há tempos era do que ela precisava....

      AMOU!


                         Théo.            

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