segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cansaço... Espera preguiçosa

Cansei de esperar
As suas vibrações,
Espera inútil
e preguiçosa...
Cansei de esperar sinais de vida
Me dei conta da morte que te envolvia...
Esperei suspiros,
Mesmo que sem cor...
Mas era toda palidez,
Era fria e nem o resto de calor que havia envolta te aquecia o peito...
E o meu pobre coração?
Que eu te dei pra que tomásses conta?!
E agora como é que eu faço com esse meu peito oco?
Pra onde é que eu direciono agora o meu sangue, que sem destino coagula, me doendo, me ferindo, me matando aos poucos?
Como é que eu vou sair daqui?
Eu não vou levar seu corpo frio comigo...
Nem vou me deixar na inércia de uma espera vagabunda,
Pois então agora eu hei de partir e com o peito neutro,
Deixar teu corpo, e tua casa e tua falta de vida...
Não vou me esquecer, e menos ainda me culpar pela morte que espalhou seu cheiro doce por aqui essa noite...
Não vou chorar por você...
Sem palavras, sem afetos, sem cores, sem dor
Era o trato frio e, por vezes, infindo...
Mas hoje acaba o sofrer de uma esperança vaga
De uma vida vã.
Você estava tão livre, e me parecia bem...
Pena que não quis merecer tanta beleza...



                      Ingrid Nogueira.

Nenhum comentário :

Postar um comentário