segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Fique Musa

 De onde foi que saíste,
és resultado do sangue
de qual cadáver deste
plano divino?

 Tens em seu sorriso
uma imensa galáxia,
em que qualquer dos deuses não
poderia transformar-te.

 Não consigo descobrir
de onde foi que surgiu.
 E agora menos ainda
porque te vais.

 Sinto estar perdendo-te,
uma vez que disseste ser
toda minha, mas se
dedica à adoração de outros.

 Sacerdotisa de Vênus e
de Gaia,
minha linda musa,
virgem pura e sábia.

 Rende-te aos meus encantos,
e vem sentir meu calor
que acende estas tuas estrelas
muitas vezes rubras em ti.

 Minha musa envergonhada,
conta-me porque vais
embora de mim,
fala-me o que foi que fiz.

 Musa, fica que eu preciso de ti,
fica, que não respiro
se não estiveres aqui.

 Não esconda-se debaixo de
tecidos finos, nem púrpuras,
nem alvos,
quero-te nua,
quero-te vestida da sua
liberdade louca e
na cintura, cordas de prazer.

 Musa fique aqui mais esta noite,
descanse ao meu lado,
me dê a honra da sua
presença apenas esta noite.

 E quando o dia chegar
não queira mais dizer-me
adeus, não me veja digno
de tal castigo.

 Antes condena-me ao
reino do Estige,
que será dor inferior
a ver-te partir daqui.

 Fique musa, e ouça meu anelos.


                                                        Théo.                    

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