segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Nosso jeito de amar (Secrets)

 É que realmente não nasci para
ser como os outros,
os comuns, os que te cercam.

 Anseios diferentes, gosto,
medos, jeito, tons... todos eles comuns.
 Meu código genético, meu sangue,
meu tipo, todos os meus tipos são diferentes,
são como se não fossem daqui.

 Sim, sou de outro mundo,
e posso te levar pra lá.
 O fato de estares aqui,
de estarmos totalmente entregues nos braços
um do outro, já te leva comigo.

 Somos agora ambos, invasores celestiais na Terra.
 O cosmo, todo ele é nosso caminho hoje.
 Viajantes eternos, e sem limites de fronteiras.
 Levados por nossos desejos rubros.

 Limpos de qualquer culpa,
filhos do amor, fomos para outro mundo,
onde jamais seríamos presos por estarmos nus.

 Saímos sem destino traçado,
deixamo-nos levar aleatoriamente, para o mais quente
e mortal dos espaços cósmicos.

 Fomos tudo em nossa essência existencial,
e não deixamos de ser nós mesmos.

 Tivemos todas as cores, todas as formas
mesmo quando disformes.

 E em toda a falta de forma da minha escrita,
as cores se misturaram,
e assim uniformes, tornaram-se um colapso
de prazer em mim.

 São luzes que nascem de nossos corpos se
aproximando e se tocando, trocando carícias
e se amando, secretos, ali,
no mundo que só nossa nudez conhece,
nosso lugar secreto, escondido no nosso jeito de amar.

 Hoje entraremos em um buraco negro,
e vamos deixar que nos leve para onde quiser,
por que nos basta estar juntos.

 E que a cada viagem, seja novo também nosso gosto,
nosso amor, nosso toque.

 Que sejamos descoberta diferente
a cada noite que se lançar sobre nós.

                                                            Théo.                

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