terça-feira, 7 de junho de 2016

Ah quem dera...

Se a luz do Sol
Me aquecesse a pele
E me inspirasse a caminhada...


E se no meio da caminha
Ao Sol eu te encontrasse,
Se a gente se tromba
Na rua, ou na praça...


Se o seu sorriso me encanta,
Eu me estrepo,
Eu me arrebento por te admirar
E deixar tudo mais ao aleatório.
Eu deixo as regras de convivência,
Os "Olás" superficiais,
As regras subentendidas de circulação...


Eu esqueço a minha música,
No fone,
No último volume...

Você é o meu mundo
Naquele instante.

E depois do sorriso,
Me vais,
E me escorre pelas mãos,
Me desliza e
Me some pelas ruas...


E se, à noite, a Lua
Com suas carícias carentes,
Me fizesse sair do meu lugar,
E ir ler Ginsberg na mesma praça...


E se lá,
Eu ainda te encontro,
E tento com os olhos
Te fazer afagos doces na mente...


E se, aí do outro lado
Você me olha,
E me sorri em
Olhos de estrelas novas,
Que nem o negro Universo
pode ofuscar...


Se tudo isso me acontece,
Serias minha e não mais sua,
Tendo em vistas sãs,
Que te fiz minha
Sem te roubar,
Te fiz minha sem te prender,
És minha, porque eu te amo
E nada se passa paralelo à isso...


Ingrid Nogueira.

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