terça-feira, 7 de junho de 2016

Invisível exuberante

Estou entalada
Com um universo
Atravessado,
Ele rouba de mim
A voz, já muda...

É que você não vai entender nada,
E a sociedade não vai dar o braço à torcer,
E eu não vou me submeter...


Eu me cansei de você,
Cansei de arremeter,
Eu me cansei de me conter...


Nunca fui de me prender,
Não tem por quê te prender,
Você é como um pássaro,
De quem eu ouço o canto,
Mas a quem não quero ver...


Eu não sou de agora,
Eu sou o futuro,
E nada aqui está preparado pra mim...


Eu vou apagar a luz,
Fechar as janelas,
A alma não vai mais fazer morada,
Vou viajar,
E não quero mais ficar,
Nem pertencer,
Eu quero manter...


Que fique aceso,
Que esteja aberto,
Mas que não escape...


Ar fresco, mulher,
Ar fresco
De uma brisa leve,
De um sentimento exposto...


E que se foda a sociedade,
Como tem feito desde a primeira "civilização"...


Ainda anda em círculos,
E não se sobe uma escada em ziguezague...


Ingrid Nogueira.

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