Morreu,
e já conhecia o seu lugar no mundo.
Correu pra dentro de si,
e se derramou,
as bochechas já esgarçadas
interna e inteiramente,
"E nos curtos,
porém frequentes espasmos cerebrais,
me mata,
me observo dentro de uma eternidade finita em espaço,
e de repente volto,
me vejo numa poça funda de dores,
cacos de vidros imersos em mim,
cacos de mim
num mar de vidros quebrados,
cartas ao mar,
arrebentadas nas praias,
cartas em letras delicadas,
em envelopes garrafais,
que não eram pra Iemanjá,
e que por revolta,
ela me arrebentava cada uma,
sem saber que carregavam
pequenos e doídos pedaços de mim..."
Eu adoeci assim que te fitei,
me demorei em ti,
os meus olhos vidraram em você,
e te dediquei apreços,
esses me são carinhos
que eu jamais vou deixar.
Eu emagreci,
e andavam dizendo por aí
que isso não é normal.
Mas não fui eu quem decidi,
foi sem querer que eu adoeci.
Você é um vício
que me faz ficar.
Ingrid Nogueira.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
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