Fiz incontáveis textos para te entregar,
textos que falavam sobre nós, sobre amor.
Mas eles são agora um monte de papel amassado
dentro e fora da minha lixeira.
Não que não simbolizem nada,
é só que não tenho certeza se são
os melhores para te dar.
Ainda tenho aquela mania de pecar
pela procura da excelência,
por saber que no meu mundo,
é tudo o que você merece ter.
E acho mesmo que nem o texto
que demorei esse tempo todo para
desenvolver está ainda perto do que sinto.
Não sei porque é que me
desespero agora para te escrever,
se há tanto não nos encontramos,
se nos vimos agora pouco.
És poesia e melodia mais
lindas e bem compostas,
e como faria eu para te surpreender?
És a mais estupenda sinfonia,
e eu, pobre letrista, me submeto
à sua sublime maestria.
O que você quiser, que seja.
Que seja seu desejo,
o silêncio de nossas línguas se entrelaçando.
Seja parte do plano,
nossos corpos se completando,
se cobrindo e descobrindo com
os lençóis do jogo de cama florido.
Que rubores e padrões sejam
esquecidos e deixem lugar para os
prazeres e gemidos,
característicos de nossos encontros.
Que nossos corpos se tornem
obras de arte emolduradas
em molduras poéticas,
com figuras medievais esculpidas,
como antigo é esse amor,
à mesma forma como
esculpido está na nossa pele o nosso desejo.
Théo.
Resolvi causar certos desconfortos que até ontem eu evitei... A sociedade sempre me impôs regras de "como me portar", "como ser" ... Cansei de toda essa ladainha, não vou mais maquiar, e está decidido! O que me faz ser eu, são as diferenças e aceitações que carrego comigo. Sozinha, resolvida, lésbica, atriz, jovem, e orgulhosa de mim mesma. Sem visar conforto aos leitores, eu sou desse jeito, e não vou me conter para agradar à ninguém. Sejam bem-vindos ao que eu sou!
Nenhum comentário :
Postar um comentário