sexta-feira, 5 de setembro de 2014

 Fiz incontáveis textos para te entregar,
textos que falavam sobre nós, sobre amor.
Mas eles são agora um monte de papel amassado
dentro e fora da minha lixeira.

 Não que não simbolizem nada,
é só que não tenho certeza se são
os melhores para te dar.

 Ainda tenho aquela mania de pecar
pela procura da excelência,
por saber que no meu mundo,
é tudo o que você merece ter.

 E acho mesmo que nem o texto
que demorei esse tempo todo para
desenvolver está ainda perto do que sinto.

 Não sei porque é que me
desespero agora para te escrever,
se há tanto não nos encontramos,
se nos vimos agora pouco.

 És poesia e melodia mais
lindas e bem compostas,
e como faria eu para te surpreender?

 És a mais estupenda sinfonia,
e eu, pobre letrista, me submeto
à sua sublime maestria.

 O que você quiser, que seja.

 Que seja seu desejo,
o silêncio de nossas línguas se entrelaçando.

 Seja parte do plano,
nossos corpos se completando,
se cobrindo e descobrindo com
os lençóis do jogo de cama florido.

 Que rubores e padrões sejam
esquecidos e deixem lugar para os
prazeres e gemidos,
característicos de nossos encontros.

 Que nossos corpos se tornem
obras de arte emolduradas
em molduras poéticas,
com figuras medievais esculpidas,
como antigo é esse amor,
à mesma  forma como
esculpido está na nossa pele o nosso desejo.

                                                                           Théo.

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